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sábado, 16 de agosto de 2014

Na abertura do Regional, Forquilhinha e Metropolitano fazem jogo feio

Hola!

Finalmente começou O MAIS QUERIDO, aquele que é o campeonato semi-profissional mais tradicional de Santa Catarina e que agora chega à sua 66ª edição com mais glamour que nunca: o Campeonato Regional da LARM. Nessa primeira rodada, fui até o Estádio do Pinheirão, no bairro Ouro Negro, no município vizinho de Forquilhinha, onde a equipe local receberia o Metropolitano, de Nova Veneza, vice-campeão da Copa Sul no início do ano.

Equipes participantes do Regional 2014 (Foto: Matheus Pereira)
A mais tradicional competição amadora do estado teve seu início no longínquo ano de 1948, com o Atlético Operário levantando a taça pela primeira vez. Seguiu-se com muita tradição pelos 20 anos que se sucederam, com Comerciário (que posteriormente virou o Criciúma EC), Próspera, Metropol e o próprio Atlético travando ferrenhas batalhas pelo posto de melhor da região. Entre os participantes do certame de 2014, o único que disputava na época é o Itaúna, de Siderópolis, que foi campeão pela primeira vez em 1956.

Voltando à edição de 2014, primeiramente ela teria 11 equipes, mas De Villa e Ouro Preto desistiram pelo caminho, deixando a competição com apenas nove disputantes - Meleiro, Carbonífera Criciúma, Itaúna, Metropolitano, Cocal do Sul, Mãe Luzia, Caravaggio, Forquilhinha e Lauro Müller, na ordem da foto acima -. Na primeira fase, todos se enfrentam, e este blog cobrirá partidas de todos os clubes, sem exceção.

Forquilhinha FC, que foi a campo com: Fera, Bodão, Fabrício, Ewerton, Isaac e De Brida (em pé); Dudu, Dinho, Paraíba, Zeca e Renato (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
GE Metropolitano, que foi a campo com: Will, Ramon, Lalo, Cleiton, Willian Barcelos e Passarela (em pé); Genison, Luan, Jean Felipe, Ricardinho e Filipe (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
E a ATMOSFERA que ronda o Regional é muito digna. Acabaram-se os times de bairros do Municipal, que tem até seu charme, mas no mais querido o buraco é mais embaixo. Com um EMARANHADO de carros ao redor do Pinheirão, com muito som, churrasco e cerveja, a vida dos torcedores que foram acompanhar o Forquilhinha FC - e os que vieram de Nova Veneza, sempre em bom número, para ver o Metrô jogar - se resumia à pelota e às quatro linhas naquela tarde.

Talvez tal ânimo tenha abocanhado de jeito também aos dirigentes do Forquilhinha, que após passada a cerimônia de abertura do municipal e quando tudo já se encaminhava para o início, tratou de ceder a nós, da imprensa, uma caixa de salgadinhos, daqueles fritos. Inclusive, fica aqui meu agradecimento ao clube, pois eles estavam muito bons.

Pontapé de início do Regional de 2014, dado por Jean Felipe e Ramon (Foto: Matheus Pereira)
Forquilhinha tentando armar jogada pela esquerda (Foto: Matheus Pereira)
Quando o árbitro apitou, porém, a concentração minha e dos amigos da imprensa voltou ao jogo. Embora merecesse ter ficado nos quitutes. Em uma partida fraca tecnicamente que encaixava perfeitamente com o tempo fechado que fazia no sul do estado, nenhum dos times conseguiu empolgar, e as esparsas finalizações se davam, principalmente, por meio de cabeçadas em cobranças de escanteio - 3 das 4 finalizações antes dos trinta minutos saíram assim.

Dudu tenta levar o Forquilhinha ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Cusco se fazendo presente no confronto (Foto: Matheus Pereira)
Até um pobre cusco que estava ali conosco, no espaçamento entre o local destinado à imprensa e delegado e as quatro linhas, cansou de ver aquela pelada e se mandou, perdendo-se entre a selva de pernas humanas que se fazia por detrás do alambrado. Em campo, tudo seguiu na mesma: muitas paralisações, falta de objetividade e pouco perigo oferecido aos goleiros.

No fim das contas, o salgadinho estava melhor mesmo. Ao fim de relaxados 45 minutos, o árbitro Marcelo de Lima encerrou a primeira etapa que facilmente concorre a uma das piores já relatadas aqui pelo blog. Apenas torcia para que o segundo tempo viesse diferente.

Jogador do FFC procurando se entender com a pelota (Foto: Matheus Pereira)
Mas as equipes continuaram se estudando muito e deixando aparecer a melhor alternativa possível antes do arremate, muito embora ela poucas vezes surgisse e a partida ficasse deveras burocrática. O centroavante Ramon, do Metrô, era nulo, e acabava falhando na concretização por diversas vezes no ataque alvirrubro. Enquanto isso, mais ofensivo e puxado pelo eficiente Ewerton, especialmente nas cobranças de falta, o Forquilhinha era ligeiramente melhor - faltava poder de decisão.

Para o senhor Marcelo de Lima, a partida ficou um pouco mais complicada, visto que as entradas se tornaram mais TRUCULENTAS. Quem não estava para a paz era a galera do alambrado do Forquilhinha, que reclamava muito com o árbitro e se mostrava bem insatisfeita com o desempenho do mesmo, ao contrário do lateral Zeca - muitas vezes chamado de MAGRINHO pela torcida -, que jogava pela direita, pertinho dos locais, e era um dos mais elogiados.

Todos atentos à rechonchuda (Foto: Matheus Pereira)
De Brida tenta um último respiro para o Forquilhinha, já no fim do confronto (Foto: Matheus Pereira)
Quando a partida já estava na casa dos 30 minutos, Valter Ghislandi, treinador do Metropolitano, sacou o inerte Ramon e colocou o arisco Foguinho, que - com o perdão do trocadilho - INCENDIOU o jogo. Com suas jogadas individuais deu uma dor de cabeça à defesa do Forquilhinha, que estava bem de saúde durante a segunda etapa inteira, e quiçá durante a partida inteira.

No entanto, sozinho, o ruivo pouco pode fazer além de arrumar uma falta perigosa - batida por Jucemar nas mãos de Fera - e driblar muito. Um pouco mais consistente, o time da casa levou mais perigo, mas ainda pecando no último toque, inábil de alterar o zero do placar, apesar do volume de jogo.

Willian advertido com cartão amarelo em jogada que poderia ser vermelho (Foto: Matheus Pereira)
O momento mais emocionante do enjoado fim de partida foi já aos 42, quando o zagueirão Willian Barcelos, dos visitantes, perdeu o tempo de bola e acertou com a mão no rosto do adversário, ainda puxando a camisa do mesmo depois. Mesmo com a torcida local chiando e pedindo um cartão vermelho - que não seria de nenhum exagero, diga-se de passagem -, o árbitro mostrou somente a tarjeta amarilla ao camisa 4.

Ficou nisso aí. Forquilhinha 0x0 Metropolitano foi uma das três partidas da tarde de abertura do Regional, que contou com apenas três gols. A melhora de nível tem que ser grande para acompanhar a LENDA por trás da simpática competição.

O goleiro Passarela teve de trocar a camisa NO MEIO DO JOGO, por causa da cor; inusitado (Foto: Matheus Pereira)
Foi isso aí que rolou na tarde de sábado no PINHEIRÃO, em Forquilhinha. Retornei à casa já pensando na próxima rodada, e mais que obviamente, todas as rodadas terão ampla cobertura do Desprovidos. Nos vemos no encontro seguinte, seja pelo Regional ou por outro certame. Certo do teu retorno para acompanhar os aprazíveis amadores.

Abraços.

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