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sábado, 16 de maio de 2015

Estrela Azul bate Grêmio Cachoeira de virada e larga na frente na decisão da Interligas

E aí, tranquilo?

Depois de um final-de-semana de recesso, pois a partida mais próxima de Criciúma, onde estava no dia das mães, era a 103km de distância, voltei às canchas neste sabadão, já para um jogo de CALIBRE ALTO: a final da gloriosa Copa Interligas. Em campo, as excelentes equipes de Estrela Azul e Grêmio Cachoeira duelavam num confronto também em longínquo solo: o Estádio Emílio Horstmann, na localidade de Sul do Rio, em Santo Amaro da Imperatriz; esta, porém, distante apenas 32km donde este que vos escreve reside.

Estrela Azul FC, assim escalado: Diego; Neto, Bolão (William), Luiz Henrique e Piava; Marquinhos, Fábio, Quesinha, Anderson (Silvinho) e Cheirinho (Neném); Alemão (Juninho). (Foto: Matheus Pereira)
GE Cachoeira, que jogou com: André Nicolodi; Romário, Andrei, Roger e Vitor Cruz; Keko (Marquinhos Nikimba), David (Gardena) e Itauê; Leandrinho, Osvaldo (Théo) e Ziel (Dado). (Foto: Matheus Pereira)
Posando para as lentes do Desprovidos, o árbitro Anderson Luiz de Lima, seus auxiliares Otto dos Santos Silva e Samiro da Conceição Schmitt, além dos capitães (Foto: Matheus Pereira)
A genial entrada dos jogadores do Estrela, com muita fumaça azul (Foto: Matheus Pereira)
 O duelo, que marcava o encontro entre o melhor ataque do torneio (Grêmio, que estava invicto) versus a melhor defesa (Estrela, que estava 100% em jogos que o Desprovidos cobriu), era atrativo de público por n quesitos. Era a primeira vez que uma equipe de Santo Amaro da Imperatriz chegava à final da Copa Interligas, sendo que o torneio estava em sua 16ª edição. E enfrentava logo o atual campeão, Grêmio Cachoeira, que levantou sua primeira taça em 2014, após três vices, com - ora, vejam só - o atual treinador do Estrela, Nádio Rachadel, na casamata.

Para conseguir chegar até Santo Amaro, dependi de carona. E consegui com a DELEGAÇÃO do Grêmio Cachoeira; comandado pelo atacante Ziel, o bonde que rumou até Sul do Rio ainda tinha os atletas Guilherme, Perea e Gardena. Chegando lá com certa antecedência, vi a gurizada torcedora do Estrela bater bola até o horário do jogo, que aos poucos foi tomando atmosfera de final; a fumaça azul e os inúmeros rojões na entrada do time local em campo não me deixam mentir.

Sob olhares atentos da torcida, jogadores disputam bola perto da lateral (Foto: Matheus Pereira)
Outro lance próximo ao alambrado (Foto: Matheus Pereira)
Com a bola rolando, o povo ainda chegava quando o jogo começou a se desenrolar. Nem bem deu de se sentar nos banquinhos ou nas cadeiras de plástico, sequer comprar uma cerveja tranquilamente, e as redes já foram balançadas. Após cobrança de escanteio, a bola bate nas costas do zagueiro Bolão, fica viva na área, e o também zagueiro Roger põe para dentro das metas, abrindo o placar para o Grêmio Cachoeira já aos 3 minutos.

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Depois do precoce gol, o jogo se tornou lá e cá. Meio que movidos pelo CORAÇÃO, os times fizeram das quatro linhas uma cancha de corrida, com muita vontade e movimentação, mas pouca criação e chutes a gol. Movido pelo habilidoso Cheirinho, o time da casa era mais gingador, embora não oferecesse grandes perigos à meta de André Nicolodi. Por outro lado, os comandados por Djone Kammers chegavam em jogadas puxadas pelos pontas Ziel e Leandrinho, que vez ou outra invertiam seus lados.

Keko e Anderson na disputa de bola (Foto: Matheus Pereira)
Fábio tenta sair jogando na direita (Foto: Matheus Pereira)
Com o passar do tempo, as chances continuaram sendo escassas e a peleja se tornou muito pegada. Os jogadores, cientes que jogavam uma decisão de campeonato, não poupavam os adversários e evitavam tirar o pé das divididas, mas sem nunca ser desleal. Esse foi um ponto deveras positivo desse primeiro tempo, que reuniu bastante entrada forte e um ritmo pegado, mas sem confusão ou discussão acerca de lances de dividida.

O Estrela Azul começou a se impôr a partir dos 30 minutos, quando, num lapso, passou a melhorar em campo. E aos 35, conseguiu alcançar o empate. Neto cruzou na área e o centroavante Alemão cabeceou bem, acertando o ângulo e igualando o placar em 1 a 1. O atacante marcou seu sexto gol na competição, e a artilharia segue sendo um sonho distante - Felipinho, do já eliminado Biguá, tem 9, enquanto Osvaldo, do Grêmio, está com 8.

Árbitro Anderson Luiz de Lima teve trabalho na etapa inicial (Foto: Matheus Pereira)
No restante do primeiro tempo, o time da casa permaneceu superior em campo. Logo após o gol, Fábio soltou um petardo do meio da rua, obrigando uma linda ponte de André Nicolodi naquele que foi o lance mais plástico da partida. O goleiro foi novamente exigido mais próximo do fim da primeira metade do jogo, em bom chute de Alemão. Talvez pelas intervenções de André, o primeiro tempo acabou ficando mesmo no empate com um gol de cada no marcador.

Goleiro André Nicolodi salta para fazer defesa em bola aérea (Foto: Matheus Pereira)
Fábio fazendo fila no ataque do Estrela Azul (Foto: Matheus Pereira)
A etapa final começou como a primeira: nem deu tempo de voltar do bar e, nos mesmos três minutos do tempo inicial, o rumo do jogo mudou. Dessa vez, foi depois de uma cobrança de falta do capitão Fábio, que o zagueirão Luiz Henrique subiu no segundo andar para meter a testa na bola e virar o placar em favor do time de Santo Amaro da Imperatriz: 2 a 1. No momento do lance, resolvi filmar, e o resultado está abaixo.


Mesmo a única alteração feita no intervalo tendo posto o time do Grêmio - teoricamente - para a frente, com a entrada de Marquinhos Nikimba, quem continuou mandando e desmandando na partida foi o time da casa. Dono do jogo, o Estrela Azul causava calafrios aos atletas do time de Cachoeira de Bom Jesus a cada bola alçada na área. Os visitantes respondiam em alguns lances criados pelo meio, embora muito pouco para ameaçar um novo empate no placar.

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Em cobrança de falta, o volante David arrematou por cima pelo Grêmio Cachoeira, enquanto o lateral Neto jogou perto da bandeirinha de escanteio em favor do time mandante. Aí, o tal período tenebroso entre 15 e 35 minutos, onde pouquíssima coisa acontece, deu o ar da graça novamente, tornando o jogo módico e valorizado apenas pelo excesso de cartões amarelos e substituições.

Alemão puxando o Estrela Azul ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Jogo parado; cena comum na partida (Foto: Matheus Pereira)
Neném com a bola, sendo perseguido por Gardena (Foto: Matheus Pereira)
Perto do fim da partida, o Grêmio Cachoeira cresceu; o atacante Leandrinho perdeu duas chances na grande área, uma delas por tentar um bastante improvável voleio. O jogo se encaminhava para o fim, e nada parecia mudar pelas bandas do Sul do Rio. Já aos 43, após dividida, o zagueiro Andrei deixou as travas da chuteira à mostra para o atacante Juninho, do Estrela Azul. Ambos discutiram, levaram amarelo, tornaram a discutir, tretaram e foram prontamente postos para a rua pelo árbitro.

A entrada de Neném, no finzinho, deu um gás extra para o time de Santo Amaro da Imperatriz. O atacante infernizou a defesa adversária, e chegou a protagonizar um lance onde a torcida local pediu demais um pênalti, após intervenção de Gardena (foto acima). O árbitro Anderson Luiz de Lima não marcou, e logo em seguida finalizou a partida: Estrela Azul 2x1 Grêmio Cachoeira. O primeiro título da história de Santo Amaro na Interligas pode estar se concretizando.

Tudo para assistir a peleja (Foto: Matheus Pereira)
No retorno à Floripa, a carona da vez foi do sempre parceiríssimo Michael, que esteve lá durante o confronto e rendeu excelentes conversas. Cheguei em casa num cansaço forte, porém uma grande sensação de dever cumprido.

Semana que vem, a parada do Desprovidos é em Cachoeira do Bom Jesus, norte da Ilha, onde veremos a primeira finalíssima in loco do ano de 2015. Pode vir título inédito, pode vir bi-campeonato. E depois, já se inicia o municipal de Florianópolis, e seguiremos a todo vapor nesse ano que virá. Vai ter Série B estadual, vai ter Catarinense Sub-20, e é claro, muito campeonato amador. Nosso próximo encontro deve ser durante a semana, então fiquem ligados.

Paz.

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