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domingo, 5 de abril de 2015

Pedro Paulo brilha e Caravaggio avança sobre Rui nas penalidades máximas

Daí!

Na base do "de volta à minha terra", pela primeira - de muitas, provavelmente - vez no ano voltei a Criciúma e não podia deixar de prestigiar nossa querida Copa Sul dos Campeões, que estava na partida de volta das oitavas-de-final. E o confronto reunia nada mais, nada menos que os dois últimos campeões estaduais não-profissionais: Rui Barbosa, de Morro da Fumaça, e Caravaggio, de Nova Veneza, ambos já muitas vezes prestigiados aqui no blog. A peleja se daria no homônimo Estádio Rui Barbosa.

SER Rui Barbosa, que jogou com: Júlio César; Andinho (Jô), Cleiton (Renato), Shayder e Fá; Helton Serrano, Ewerton, Renan, Gutierri (Macaco) e Maicon Ermo; João Simon (Anderson Butiá). (Foto: Matheus Pereira)
Caravaggio FC, em campo com: Pedro Paulo; Gilliard (Chumbo), Maicon, Tijolo e Lennon; Renato, Marcinho, Tiago Renz (Hudson) e Andrei; Gregory (Rodrigo Zeferino) e Maurício (Rudinei). (Foto: Matheus Pereira)
O árbitro Edésio Weber e seus auxiliares, Jaison Venâncio e Renato Kniess, além dos capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Na partida de ida da peleja, o mudado Caravaggio, jogando em casa, acabou ficando no 1 a 1 diante do clube fumacense, que manteve parte do time campeão estadual em 2014. O sorteio foi ingrato a ambas as equipes, postulantes ao título, que ficaram frente a frente já nas oitavas-de-final (ou 1ª fase) do torneio. Vale lembrar que o clube de Nova Veneza, campeão em 2013, caiu na primeira fase no ano passado.

Sob um calor azucrinante, fui até a capital das OLARIAS para marcar meu reencontro com a Copa Sul. Essa, aliás, foi a primeira competição a aparecer por aqui no Desprovidos de Fama em dois anos consecutivos; um dos "carros-chefe" da temporada semi-profissional catarinense, é sempre um torneio que reúne grandes equipes e possui um ótimo prestígio.

Atletas preparados para o pontapé inicial (Foto: Matheus Pereira)
João Simon tentando se desvencilhar do carrinho de Tijolo (Foto: Matheus Pereira)
Com o apito inicial do sr. Edésio Weber, as equipes trataram de buscar balançar as redes desde o começo, deixando a partida longe de uma monotonia. Sem gols fora de casa no regulamento, o jogo se iniciou totalmente igual, com chances para os dois lados e muita vontade dos atletas. Talvez embalado por estar, em tese, jogando em casa (havia equivalência em número de torcedores), o Rui se sobressaiu nos minutos iniciais.

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Duas cabeçadas arrancaram suspiros dos adeptos locais: uma foi do zagueirão Maicon, do Caravaggio, que quase fez contra o próprio patrimônio quando foi atrasar para Pedro Paulo. Outra, na sequência do lance - que resultou em escanteio -, foi com o volante Renan, que testou no chão e novamente o goleiro, grande personagem da partida, defendeu. Após o ímpeto inicial, o Rui viu o adversário crescer um pouco em campo e praticamente equiparar o volume de jogo.

Confusão entre Andinho, do Rui Barbosa, e Renato, do Caravaggio (Foto: Matheus Pereira)
Atacante Maurício tenta fazer jogada sobre Cleiton (Foto: Matheus Pereira)
A única BALBÚRDIA da etapa inicial aconteceu quando Lennon acertou um tapa na cabeça coberta por cabeleira de Renan após dividida. Devidamente amarelado, o atleta do Caravaggio saiu da meiuca da confusão, que foi protagonizada pela discussão de Andinho e Renato. O árbitro resolveu levar apenas na conversa e apaziguar os ânimos por lá. Passada a rixa, a bola voltou a rolar redonda em Morro da Fumaça.

E aconteceu o melhor lance da etapa inicial, quiçá o mais bonito da partida. Fá pegou sobra e bateu colocado, cheio de estilo. Seria uma pintura por si só, caso o goleirão Pedro Paulo não fizesse uma defesa igualmente digna de tela, salvando o Carava e proporcionando um lance de excelentíssimo futebol. Do outro lado, o arredio Andrei também ofereceu perigo; numa jogada de esperteza, roubou de Helton e fez fila até finalizar para o alto.

Goleiro Júlio César cobra tiro de meta (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio-campo que reúne Renan e Andrei (Foto: Matheus Pereira)
 De acordo com o fim da primeira etapa se aproximando, os times reduziram novamente o volume futebolístico apresentado. Um respiro de qualidade ocorreu quando Gilliard fez bela jogada individual pela direita e cruzou, mas a bola morreu nas luvas de Júlio César. Sem acréscimo, Edésio finalizou o tempo inicial aos 45, rasos. Zero a zero no placar, estreante do Estádio Rui Barbosa.

Para repor a hidratação nesse calor, dá-lhe água! (Foto: Matheus Pereira)
Sem alterações no intervalo, os times seguiram equilibrados na etapa final. Logo no primeiro minuto, Fá passou perto de abrir o placar em mais um fuzilamento com sua canhota, tirando tinta da trave esquerda do clube visitante. Respondendo pouco mais tarde, o Caravaggio conseguiu chegar após cruzamento da esquerda, que Gregory dominou, girou sobre o zagueiro e acabou sendo desarmado na hora da finalização.

Depois do início quase fulgurante, o jogo acabou permanecendo longos minutos carente de lances perigosos, em momentos que foram praticamente reservados para substituições. Após a parada técnica, perto dos 20, foi que as equipes voltaram - ainda que com pouco ímpeto - a assustar os respectivos goleiros. Quem também teve trabalho foi o auxiliar Renato Kniess, que pegou várias irregularidades em sequência nas ofensivas do Carava; uma delas, a de Rodrigo Zeferino aos 28, impediu o jogador de ficar cara a cara.

Árbitro aplica cartão ao atacante Maurício por reclamação (Foto: Matheus Pereira)
Tiago Renz e Fá proporcionam uma bela cena na disputa pela bola (Foto: Matheus Pereira)
Numa crescente, o escrete alviazul passou perto de marcar algumas vezes na segunda parte da etapa final. O atacante Rudinei, que entrou no decorrer do segundo tempo, quase conseguiu aproveitar falha da defesa local, mas não teve sucesso em sua finalização. Pegado e bastante morno, o jogo passou a pouco parecer com uma peleja que definiria vaga na próxima fase e que estava totalmente em aberto.

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O momento da segunda etapa que mais perto chegou de balançar as redes foi um erro. Shayder tentou cortar na defesa com um chute forte, mas ela foi totalmente torta, tomando o rumo de trás e quase encobrindo Júlio César; a pelota acabou saindo em escanteio, arrancando suspiros dos torcedores visitantes. Mas isso já estava perto dos 40 minutos.

Num dos últimos suspiros, Rudinei puxa Carava ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Na base da raça, o Caravaggio chegou a assustar ainda; aos 46 minutos, naquele que seria o literal último lance da partida, a equipe conseguiu um escanteio. Após a defesa afastar, Chumbo pegou sobra e finalizou, de longe, mas a pelota tomou o rumo da linha de fundo. Edésio Weber aguardou o tiro de meta ser cobrado e não pestanejou a apitar o fim do confronto: Rui Barbosa 0x0 Caravaggio. Teríamos penalidades.

O estreante placar do estádio (Foto: Matheus Pereira)
Equipes alinhadas para a cobrança do penal, sofrendo com o sol (Foto: Matheus Pereira)
Escolhida a meta (que não atrapalhasse o goleiro, por conta do sol), era a hora das penalidades serem cobradas. Aí, brilhou a estrela daquele que já se destacava: Pedro Paulo. O primeiro a cobrar foi Hudson, do Caravaggio, que converteu. Macaco, do Rui Barbosa, parou nas luvas de Pedro Paulo. Depois, Renato, dos visitantes, também balançou as redes na cobrança. O zagueirão Shayder, da mesma forma, desperdiçou sua penalidade; Pedro Paulo defendeu e deixou o placar em 2 a 0.

Andrei, camisa 10 do Carava, marcou em sua cobrança e deixou o time a um passo da classificação. Tudo dependia de Anderson Butiá; caso desperdiçasse, o Rui estaria fora. Mas ele marcou e diminuiu a contagem. Na quarta penalidade, Marcinho desaproveitou a chance de definir a partida - Júlio César defendeu e o Rui estava ainda respirando por aparelhos. No entanto, Pedro Paulo tornou a brilhar, pegou a terceira e deixou o Caravaggio classificado. Na disputa de pênaltis, Caravaggio 3x1 Rui Barbosa.

Andrei convertendo sua cobrança (Foto: Matheus Pereira)

Muita comemoração da comissão técnica e da torcida do clube de Nova Veneza, que se classificou às quartas-de-final e agora aguarda seu adversário. Já o atual campeão Rui Barbosa dá adeus à competição logo na primeira fase, assim como fez o seu antagonista da tarde. Copa Sul dos Campeões seguirá, e o Desprovidos também; nas próximas semanas, muitas competições da Grande Florianópolis serão aqui prestigiadas. E logo voltaremos ao sul!

Até mais ver.

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