Buenas.
Seguindo minhas empreitadas pelas bandas de Florianópolis, tinha mais um encontro com as pelejas marcado para este sábado (21). Fui até o extremo norte da ilha, ao bairro/praia de Cachoeira de Bom Jesus, onde veria o embate entre o atual campeão da
Copa Interligas, o local
Grêmio Cachoeira, e o palhocense
Gaviões de Ouro. O palco seria o
Estádio José Etelvino de Paula, que foi mais um visitado pela primeira vez na minha história de Desprovidos de Fama.
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Grêmio Esportivo Cachoeira, que jogou com André Nicolodi; Romário, Andrei, Roger e Perea (Pedrinho); Keko (Felipe Rosino), Itauê e Dado; Osvaldo (William), Ziel (Téo) e Marquinhos Nikimba (Leandrinho). (Foto: Matheus Pereira) |
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AERC Gaviões de Ouro, escalado assim: Alexandre; Fabinho (Dionathan), Jeferson, Ciro e Renato; Wendel, Bly (Tiaguinho), Bileco e Luiz Antônio (China); Rafael Beiço (Mano) e Duca. (Foto: Matheus Pereira) |
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Trio de arbitragem composto por Gabriel dos Anjos Kretzer, Renê Gilberto Franzen Filho e Geraldo Rodrigues, e os respectivos capitães (Foto: Matheus Pereira) |
Favoritaço e atual campeão da Interligas, o Grêmio simplesmente atropelou o Juventus na primeira rodada do grupo C: 6 a 0. O Gaviões, por sua vez, recebeu o Biguá e também levou uma chinelada, por 5 a 1. Quem visse de antemão, esperaria mais uma goleada na segunda rodada em favor do Grêmio Cachoeira. Mas, para aquela equipe que pela primeira vez ultrapassava a ponte para uma partida oficial, era a chance de "ouro" para a redenção e recuperação no grupo.
Tomei o rumo norte da ilha, onde tudo já estava pronto para a realização do confronto. Lá, conversei com o
Michael Gonçalves, do blog
Amador Futebol Clube, praticamente uma eldorado de informações sobre os campeonatos amadores da Grande Florianópolis. Batemos um bom papo e nos preparamos para a partida, que estava prestes a iniciar com o determinante apito do comandante da vez, Gabriel dos Anjos Kretzer.
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Muito pegado, jogo teve bastante reclamações de ambos os lados (Foto: Matheus Pereira) |
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Romário puxando o Grêmio ao ataque, marcado por Bly (Foto: Matheus Pereira) |
No entanto, o imaginário de que o time da casa passasse por cima do adversário ficaram só fora das quatro linhas. Consistente desde o apito inicial, o time da Palhoça equilibrou as ações com a equipe mandante, investindo na habilidade do camisa 7, Rafael Beiço, que disputou o campeonato de Biguaçu pelo BAC em 2014. Escalado com três atacantes, porém, o Cachoeira respondia na mesma moeda pelo outro lado.
O protagonista do confronto, porém, acabou sendo o árbitro. Com muitas faltas e divididas ríspidas, o primeiro tempo ficou marcado por muitas reclamações de ambos os lados; com isso, os jogadores acabaram entrando na onda, com uns poucos empurra-empurra e muitos bate-boca. Mas, com os ânimos acalmados, tudo voltou a estar como antes, com o Gaviões de Ouro surpreendentemente melhor, embora os mandantes não deixassem de oferecer perigo.
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Um dos encontrões da partida (Foto: Matheus Pereira) |
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Mais reclamações; dessa vez, Keko alega sofrer cotovelada (Foto: Matheus Pereira) |
Falando da peleja, o Gaviões passou perto de marcar quando Fabinho fez linda jogada individual, perto dos 20 minutos. O Grêmio respondeu cinco minutos mais tarde, quando Ziel pegou sobre e bateu forte, mas ela foi-se embora pela linha de fundo. Quando começou a crescer os prazeres futebolísticos em detrimento das pré-cenas lamentáveis, o gol foi ficando maduro. E ele veio na marca dos 29 minutos.
Numa linda jogada entre os irmãos Fabinho e Bly, o primeiro levantou a bola sobre todos os zagueiros, e o capitão bateu entre as pernas do goleiro adversário, abrindo a contagem para o Gaviões de Ouro e indo comemorar com os torcedores atrás do gol - quatro pessoas e uma bandeira: 1 a 0. Depois de um tempo de stand-by criativo, com as equipes concentrando-se no meio do campo, quando a primeira etapa se encaminhava para o fim, a rede voltou a estar em perigo de balançar.
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No período de stand-by criativo, mais discussões (Foto: Matheus Pereira) |
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Nikimba comemora o gol de falta que deixou tudo igual (Foto: Matheus Pereira) |
Crescendo em campo após o gol e subsequente recuo dos visitantes, o Grêmio Cachoeira passou a ter o domínio das ações. Aos 38, o zagueirão Roger perdeu cabeçada dentro da pequena área, jogando para fora. Na sequência, naquela que foi a última boa chance do Gaviões na etapa inicial, Rafael Beiço furou boa chance na grande área. Entretanto, para o time mandante, de tanto insistir uma hora o gol teria de sair.
Ele veio aos 46 minutos do primeiro tempo, quando Marquinhos Nikimba bateu falta de longe e o goleiro Alexandre acabou aceitando, decretando o empate em 1 a 1 no José Etelvino de Paula. Pouco se fez no pouco tempo que restava, e o árbitro acabou apitando o fim do primeiro tempo com o placar em um tento para os dois times. As casas de aposta QUEBRAVAM no momento.
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"Calma", diz Gabriel Kretzer ao treinador do Grêmio, Djone Kammers (Foto: Matheus Pereira) |
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Na escuridão do fim do jogo, atleta do Gaviões dá bela cabeçada (Foto: Matheus Pereira) |
Na volta para o segundo tempo, o Gaviões de Ouro esteve melhor novamente, ao menos nos primeiros minutos; em seguida, porém, as forças logo equipararam-se e o jogo ficou cada vez melhor. Quem balançou as redes, por sua vez, foi o time da casa, que chegou a virada no primeiro terço do segundo tempo. Após roubada de bola no campo de ataque, a pelota sobrou para Leandrinho, que havia entrado no intervalo, fazer o 2 a 1 e pôr o Grêmio Cachoeira na frente.
Atrás do placar, novamente o time da Palhoça - que alternou bons e maus momentos o jogo todo - cresceu em campo. Bileco, que isolou depois de arrancada e posteriormente chutou da entrada da área para fora, foi um dos principais nomes da equipe visitante no segundo tempo. Na base dos contra-ataques, o Grêmio respondia; Ciro salvou sobre a linha uma cabeçada de Osvaldo, que entraria de cobertura.
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Mais uma vez, atletas reunidos em partida parada (Foto: Matheus Pereira) |
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Luiz Antônio, pressionado por Leandrinho, faz recuo para o goleiro (Foto: Matheus Pereira) |
Com a entrada do atacante China, o Gaviões de Ouro passou a ter dois centroavantes em campo. No entanto, continuava nem tão operante no ataque. China era constantemente acionado, mas não conseguia fazer a diferença; perto dos 30 minutos, o atleta desperdiçou cabeçada dentro da pequena área. Peleador, o Grêmio Cachoeira sempre oferecia perigo ao ir para a frente; após Pedrinho roubar bola no ataque, Leandrinho matou no peito e por pouco não fez uma pintura.
Os técnicos mexeram no que podiam nas equipes, e o jogo permanecia igual; Gaviões se lançava ao ataque e Grêmio buscava responder rapidamente caso segurasse a pressão lá atrás. Djone Kammers pôs em campo o voluntarioso William, que conseguiu brigas boas no campo de ataque para o escrete florianopolitano, embora as atenções estivessem voltadas para o outro lado da linha média do gramado.
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Cobrança de falta em favor do Gaviões (Foto: Matheus Pereira) |
Eram 45 minutos quando o time visitante achou China, totalmente sozinho, na grande área. O lançamento foi certeiro, e o atacante teve todo o tempo do mundo para escolher onde finalizar. O fez em cima do goleiro André Nicolodi, que pegou em dois lances e garantiu a vitória para o Grêmio. Na véspera do dia da água, quem se deu melhor foi o Cachoeira:
Grêmio Cachoeira 2x1 Gaviões de Ouro.
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Detalhe do estádio, com o escudo do Grêmio Cachoeira pintado sob as cabines (Foto: Matheus Pereira) |
Finalizada a partida, o time mandante segue 100%, com duas vitórias em duas partidas. Embora o resultado fosse "injusto", segundo bradavam os integrantes da comissão técnica do visitante, o Gaviões de Ouro segue com zero pontos, e buscará a recuperação contra o Juventus, em dois jogos de "vida ou morte", afinal, além dos primeiros dois de cada chave, outras duas equipes, por índice técnico, também se classificam às quartas-de-final.
Voltei ao meu recinto com sentimento de missão cumprida, e voltei minhas atenções para a tabela, me preparando para as próximas rodadas. Descansei porque durante a semana volta a rotina, e no fim-de-semana tem mais Desprovidos por aqui.
Até a próxima.
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