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domingo, 30 de novembro de 2014

Metrô apresenta ótimo futebol, bate Mãe Luzia e enfrenta o maior rival na final

Opa.

Finalmente o blog está de volta ao Campeonato Regional da LARM. E para manter o nível alto, voltamos já cobrindo o jogo de volta das semifinais do certame, ou seja, partida cheia de emoção e ânimos à flor da pele. Dessa vez, em campo reuniam-se os escretes de Metropolitano e Mãe Luzia, na casa do primeiro, o Estádio Darci Marini, no bairro Bortolotto, em Nova Veneza. E, no sábado (29), o primeiro ingrediente especial já havia sido jogado para essa partida. Explico.

GE Metropolitano, escalado com: Cleiton, Genison, Ramon, Will, Willian Barcelos e Passarela (em pé); Ricardinho, Luan, Filipe, Renan e Foguinho (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
EC Mãe Luzia, em campo com: Pipoca, Gabriel, Cleomar, Genilson, Marcelo Cunha e Júlio César (em pé); Romennig, Biá, Flavinho, Dido e Everton Boff (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
Para combater o calor fortíssimo que faz por essas bandas, só com muita água (Foto: Matheus Pereira)
No sábado, o Caravaggio, maior rival do Metrô, bateu a Carbonífera Criciúma na prorrogação e garantiu a primeira vaga para a finalíssima do Regional. O clube de Nova Veneza, por sua vez, precisava apenas de um empate para se garantir também e, pela segunda vez na história, propiciar o famoso "Clássico da Polenta" na decisão. Para isso, a presença nas arquibancadas do estádio que mais visitei neste blog esteve entre média e boa, numa tarde ensolarada de domingo.

Devido ao atraso da equipe do Mãe Luzia em subir a campo, o jogo começou vinte minutos depois do previsto. O lado bom é que nesse momento o forte vento nordeste que fazia já havia cessado. Porém, quando já eram 16h20, a bola rolou para que o clube criciumense buscasse reverter o resultado de 1x2 que havia se instaurado na partida de ida, no Olavo de Assis Sartori. Já o Metrô queria garantir a vaga para enfrentar o rival na final e buscar o tri-campeonato.

Everton Boff ajeita a bola para cobrança de falta (Foto: Matheus Pereira)
Genison marcado de perto pelo mesmo Boff (Foto: Matheus Pereira)
E o jogo já começou a todo vapor. A serelepe dupla Luan/Foguinho já deu mostras do que viria logo aos 3 minutos, quando o ruivo balançou as redes, embora em posição de impedimento, e o tento foi anulado. Mesmo assim, a equipe da casa continuou pressionando, sem deixar transparecer a vantagem que tinha no placar. Jogando a favor do pouco vento que ainda restava, muitas vezes suas jogadas ofensivas, puxadas pelos dois já supracitados, parava nas luvas de Júlio César.

O Mãe Luzia ainda buscava responder, e conseguia encaixar alguns ataques; aos 7, Biá soltou a bomba em cobrança de falta e tirou tinta da trave. Pouco mais tarde, encontraram o centroavante Romennig na área e ele cabeceou para cima, isolando. Na base da velocidade, o time da casa engrenava e entusiasmava a torcida, que comemorava nas jogadas rápidas que o Metrô fazia.

Foguinho, encoberto pelo adversário, iniciando uma jogada (Foto: Matheus Pereira)
E sendo abraçado pelos companheiros após abrir o placar (Foto: Matheus Pereira)
As jogadas pelo lado direito do ataque da equipe, organizadas por Genison e Luan, não paravam, e de tanto tentar uma hora a bola teria de balançar a rede. Esse momento veio somente aos 33 minutos, quando o meia Luan fez linda jogada e deixou à feição para Foguinho, que bateu rasteiro e decretou a abertura do placar no Darci Marini. O garoto-xodó da torcida causou ovação das bancadas, que nem imaginavam o que estava por vir.

Apático, o Mãe Luzia não ofereceu resistência e falhou na linha do impedimento sete minutos depois, quando novamente o serelepe ruivo recebeu em profundidade e encheu o pé no alto, ampliando a contagem para 2 a 0 e colocando as duas mãos na vaga à final. O futebol do Mãe Luzia, que parecia ter desaparecido na parada técnica, não era páreo para mudar o paradigma da partida, e somente um desastre tiraria a vaga dos locais.

O artilheiro da noite é abraçado por Jucemar após o segundo gol (Foto: Matheus Pereira)
Luan faz pose na marcação de Dido (Foto: Matheus Pereira)
No restante da etapa inicial, que foi até os CINQUENTA UM minutos inexplicavelmente, o Mãe Luzia, mortíssimo, não apresentou resistência alguma ao escrete momentaneamente vitorioso. No intervalo, nós, da imprensa, recebemos saborosas bolachas e pão-de-mel, atitude aprovadíssima por este que vos escreve. Aí foi fácil de aguardar o recomeço do jogo e o tempo de intervalo passou bem rápido.

Para a segunda etapa, a equipe visitante veio com a entrada do atacante Macaco - que, inclusive, ao passar pelas bolachas também tratou de catar algumas - e logo melhorou na partida. Passou a combater o domínio do Metropolitano com mais vontade, procurando reagir e buscar uma improvável virada - que teria de vir aliada a uma vitória também na prorrogação -, e o jogo se tornou equilibrado.

André Gaúcho corta e deixa Will voando (Foto: Matheus Pereira)
Árbitro Cleomar Abegg teve trabalho (Foto: Matheus Pereira)
Pouco mais tarde, quase tivemos ocorrência de CENAS LAMENTÁVEIS no Darci Marini. Quando o meia Everton Boff foi derrubado na área do Metrô e o árbitro nada marcou, alguém que pertence à comissão técnica do Mãe Luzia reclamou veementemente e, quando foi expulso, partiu para cima do dono do apito, Cleomar Abegg, e teve de ser contido pelos jogadores. Tudo só se apaziguou quando o atacante Biá retirou o cidadão do gramado.

A coisa ficou preta realmente para o Mãe Luzia quando, aos 23 minutos, o zagueirão Genilson derrubou Foguinho numa clara e manifesta chance de gol e viu o cartão vermelho ser aplicado pelo juiz. Depois de muito tempo de reclamação, o atleta saiu de campo e foi muito hostilizado pela torcida local, aplaudindo ironicamente em direção às arquibancadas e recebendo algumas palavras de carinho em resposta.

Cleomar chama Genilson enquanto puxa o cartão vermelho (Foto: Matheus Pereira)
Will com a bola pelo meio (Foto: Matheus Pereira)
Quando o jogo já se tornava sistemático, sem muitas emoções e com várias alterações, o lateral Marcelo Cunha, do clube visitante, reacendeu os corações presentes no Marinão com uma PEDRADA de fora da área, obrigando linda defesa de Passarela. No lance seguinte, o veloz Rodrigo Zeferino, que havia entrado no decorrer da segunda etapa, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, mas Fogo furou o que seria seu hat-trick.

No lance seguinte, porém, Zeferino correu muito (mesmo) e invadiu a área, pronto para balançar as redes, até ser derrubado por Marcelo Cunha. O lance era pra vermelho, mas apenas o amarelo foi aplicado para o lateral visitante; no entanto, isso não gerou reclamação alguma, visto que o jogo já estava parcialmente decidido. O caixão foi considerado "fechado" quando Luan converteu a penalidade e fez o gol que estava merecendo desde o início, 3 a 0.

Num dos últimos lances da partida, Édipo faz lançamento (Foto: Matheus Pereira)
Ainda restou tempo para uma confusão nas arquibancadas e, aí sim, o aparecimento de cenas lamentáveis entre adeptos dos dois clubes, mas foi prontamente encerrada com muita gente saindo de campo, embora restassem vestígios e garrafas quebradas quando deixei as dependências. Rodrigo Zeferino ficou no quase pelo Metrô quando tocou na saída do goleiro, enquanto Macaco jogou a última chance do Mãe Luzia nas mãos de Passarela.

No último lance da partida, Zeferino ainda teve um gol anulado, e ficou lamentando-se muito pois queria o dele. Mas o rumo do confronto não se alterou: Metropolitano 3x0 Mãe Luzia foi o placar final, e enquanto parte da torcida gritava "freguês" para o adversário, outra comemorava a final contra o Caravaggio, seu maior rival, repetindo o Clássico da Polenta na decisão, como em 2007 (na ocasião, o Metrô levantou a taça).

Foguinho sendo agraciado com o prêmio de melhor jogador (Foto: Matheus Pereira)
Depois de sair do estádio, ainda dei uma passada numa genial gelateria no centro da cidade, e fica aí a dica gastronômica do Desprovidos. Nossos compromissos estão diminuindo, e a primeira partida da final já é semana que vem. O sul do estado vai FERVER. Estaremos lá acompanhando.

Abraços.

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