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terça-feira, 11 de novembro de 2014

De braços dados com Murphy, blog vê Metropolitano classificar-se às semis

NOSSA MATHEUS, MAS SÓ AGORA?

Sim, só agora.

Acontece que o jogo foi no longínquo dia 1º de novembro, mas como tudo deu errado acabei deixando o relato para depois (na verdade, me decidindo se postava ou não), atrasou a bagatela de 10 dias até que pá, resolvi postar. No sábado do dia já supracitado, fui até o Estádio Darci Marini, em Nova Veneza, feliz e saltitante, ver mais uma rodada do Campeonato Regional da LARM, válida pelas quartas-de-final (jogo de volta), entre Metropolitano e Itaúna. Mas...

G.E. Metropolitano (Foto: Matheus Pereira)
Itaúna A.C. (Foto: Matheus Pereira)
Pois bem: ocorreu uma confusão de horários. Na minha burrice de não conferir o horário da peleja antes de sair de casa, fui crente que seria 16h30 - como o jogo de ida. No meio do caminho, enquanto ouvia a preleção da rodada na rádio, que acabei me recordando que os jogos de volta são, na verdade, 16h, pra caso de necessidade de prorrogação. Rugas de preocupação já tomaram conta da minha face, mas beleza, quinze minutos depois da partida iniciada cheguei ao Marinão, disposto a recuperar o tempo perdido.

Eis que me deparo com o portão de acesso ao campo fechado. Aí esse que vos escreve se abateu e, acompanhado pelo meu pai - que está virando um aficionado do amador, como eu - fui parar nas arquibancadas do estádio, mesmo podendo ter falado com a presidente do Metrô para ingressar ao gramado. E de lá vi um jogo com uns minutos de atraso, sem as informações detalhadas que costumo dar aos leitores. Lifetime of learning.

Ah, e pra quem não entendeu o título: Lei de Murphy.

Jean Felipe prepara finalização em ataque do Metrô (Foto: Matheus Pereira)
Falando sobre o jogo, o Metrô jogava pelo empate no tempo normal e na prorrogação, pois havia conquistado um ponto ante o Itaúna fora de casa e era beneficiado pela melhor campanha. Mas como existem bizarrices em regulamentos mundo afora, caso o jogo terminasse igual, ainda haveria uma prorrogação, pra definir quem se classificaria. Meio nada a ver, mas de fácil entendimento. Para os torcedores apaixonados do alvirrubro que compareceram ao estádio numa tarde nublada, porém, só a vitória interessava.

A partir do momento que cheguei, o pensamento parecia ser partilhado pelos atletas locais. Por ter ficado à frente do adversário na tabela, o clube teoricamente era superior. Mas, bem postado na defesa, o clube sideropolitano buscava sair nos contra-ataques e por lá assustava costumeiramente. Ao Metropolitano, o massivo ataque por vezes resultava em boas finalizações, em sua maioria chutadas por cima, ou em cortes de zagueiros.

Goleiro visitante caído no gramado (Foto: Matheus Pereira)
Willian Barcelos faz passe lateral (Foto: Matheus Pereira)
Quando eu chegava a conclusão de que o primeiro tempo serviu mais como fotos de um novo ângulo do Darci Marini, aos 44 minutos, um lançamento primoroso do Itaúna alcançou o ponta Leon, que, correndo como o vento, driblou o goleiro Passarela e pôs a pelota nas redes, inaugurando o marcador em 1 a 0. Aí as cornetas começavam a soar nas bancadas do estádio do bairro Bortolotto. Logo no minuto seguinte, Manoel Tomaz apitou o fim da reduzida primeira etapa.

A Lei de Murphy voltou a agir quando a fome bateu e notei que não tínhamos um tostão para comer (gastamos os R$ 10 na entrada do jogo). Sorte que logo começou o segundo tempo para nos distrair, e aí, amigo, foi literalmente ataque contra defesa. Rodrigo Zeferino, que havia entrado no intervalo na equipe local, investia bastante nas jogadas individuais, que quase sempre davam certo, mas acaba pecando "por ser fominha".

Jogadores do Itaúna protestam quanto à colocação da bola (Foto: Matheus Pereira)
Cobrança de falta feita por Luan (Foto: Matheus Pereira)
Na base da pressão, o clube azulão se defendia como podia. E os ânimos esquentavam a cada segundo que se passava, com Dal, do Itaúna, e Ricardinho, do Metrô, trocando farpas na lateral de campo. Mas o clube visitante não conseguiu se segurar até o fim da partida. Aos 22, após cobrança de escanteio, o Metrô precisou finalizar três vezes, acertando a trave, o goleiro, até que Rodrigo Zeferino acertou a cuca na bola e meteu pra dentro, igualando a peleja.

Na hora do lance, porém, ele acabou se chocando com o adversário e a comemoração foi abafada pela preocupação acerca dos atletas. A ambulância chegou a entrar em campo, mas os jogadores foram tratados localmente e logo ficaram melhores. Mas aí uma nova polêmica entrou em campo: o auxiliar não assinalou o gol, marcando falta de ataque, para protestos veementes dos jogadores locais. Mas, minutos mais tarde, o árbitro Manoel Tomaz confirmou o tento e o placar em 1 a 1.

Preocupados, jogadores chamam atendimento médico (Foto: Matheus Pereira)
A ambulância chegou a entrar em campo (Foto: Matheus Pereira)
Confusão acerca da validação ou não do gol do Metrô (Foto: Matheus Pereira)
Depois, a tranquilidade passou a pairar no Darci Marini, mesmo que a equipe ainda precisasse de novo gol para evitar a prorrogação. Esporadicamente, os atletas buscavam o gol, mas tentavam se poupar para novos 30 minutos e, simultaneamente, evitar que os adversários voltassem a balançar as redes. Contudo, já não haviam mais pernas para os atletas do Itaúna. Lutando contra o cansaço, o clube investia no ainda veloz Dal para buscar o ataque. E ele, em alguns esparsos lances, deu trabalho para o adversário.

Mantendo o jogo sob pulso firme e os ânimos calmos, Manoel Tomaz deu como finalizada a partida aos 45 minutos, com o placar apontando Metropolitano 1x1 Itaúna. O time da cidade da siderúrgica ainda tinha uma prorrogação para mudar o resultado e buscar uma vitória, enquanto aos locais, buscava manter tudo nos conformes e carimbar a vaga na semifinal.

Foguinho, Luan (10, costas) e Bruno Frigo (encoberto) se hidratam antes da prorrogação (Foto: Matheus Pereira)
Na prorrogação, porém, o que eu havia constatado no tempo normal se confirmou: os visitantes não tinham mais pulmão para atrapalhar os planos do time local. Pelo Metrô, o arisco Foguinho quase marcou o segundo no primeiro minuto de tempo extra, arrancando um sonoro "uhh" dos torcedores presentes. O primeiro tempo, que teve seus minutos iniciais gravados abaixo de maneira amadora por mim, foi de baixo nível técnico ou emocional, demorando longos minutos para se encerrar.


O que já era "coração na ponta da chuteira" ficou dez vezes mais no segundo tempo do tempo extra. Encurralando o time da casa no campo de defesa, o Itaúna estava muito bem postado em campo, mas investia em cruzamentos facilmente cortados pelo Metropolitano, ou chutes de longe. O clube de Siderópolis não pode dizer que não tentou, já abatido pelo cansaço, mas acabou não dando: final de jogo no mesmo Metropolitano 1x1 Itaúna, e o clube de Nova Veneza se classificou às semis.

Visão do meu local no Darci Marini, entre as torcidas local e visitante (Foto: Matheus Pereira)
Vale ressaltar que a partida de ida das semifinais já foi disputada, mas o blog não cobriu pois o autor estava fazendo Enem. O Metrô venceu o Mãe Luzia fora de casa por 2 a 1 e a Carbonífera Criciúma bateu o Caravaggio por 1 a 0 jogando Mário Balsini. Os confrontos de volta acontecem apenas no dia 29; até lá, teremos Campeonato Sul-Brasileiro e uma novidade aqui no Desprovidos. Aguardemos.

Até lá, sigamos, com mais atenção aos horários. Pois a todo vapor mesmo, a ponto de termos muito mais posts, provavelmente, apenas em 2015.

Abraços.

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