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sábado, 12 de setembro de 2015

Em meio à friaca absurda do Sul, Desprovidos volta a prestigiar o Regional da LARM

Olá!

Tivemos de não nos fazer presentes na primeira partida da decisão do campeonato mais acompanhado pelo Desprovidos ultimamente, o Municipal de Floripa. Pois, nesse fim-de-semana, teríamos uma viagem marcada ao Sul novamente. E como temos o compromisso de sempre trazer ao menos uma peleia, me encaminhei até o Estádio da Montanha, no distrito do Caravaggio, em Nova Veneza. Por lá, o time local receberia o Araranguá, em confronto válido pela quarta rodada do Campeonato Regional da LARM.

Caravaggio FC, que jogou esta tarde com: Pedro Paulo; Chumbo (Hudson), Maicon, Tijolo e Dênis (Ricardinho); Marcinho (Buiú), Marquinhos, Matheus Laguna e Gelinho (Pedro Nunes); Andrei e Kanu (Ricardo Garuva). (Foto: Matheus Pereira)
Araranguá EC, fazendo seu debute no blog com: Tiago Jung; Gilliard, Juliano, Jackson (Genílson) e Ranieri (Maykon Viana); Maikon Borges, Renan, Dirceu (Natan) e Esquerdinha; Filippe Sasso (Mauricinho) e Vanderlei (Régis). (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem, formado pelo simpático árbitro Almir Bortolotto e seus auxiliares, Magno Nazário e Fabiano Sartor; na foto, ainda os capitães Gilliard e Tijolo (Foto: Matheus Pereira)
Por livre e espontânea persuasão, juntamente a minha pessoa se deslocou até o estádio Da Montanha o Igor, CEO do Diário FC, que não é uma figurinha tão carimbada assim quando se trata de futebol amador, mas temos tempo para convencimento. Sobre a situação na tabela, ambas as equipes viviam situações idênticas: começaram com duas derrotas, mas se recuperaram na rodada anterior com uma vitória - o AEC ante o Mãe Luzia, e o Caravaggio contra o Meleiro.

É importantíssimo destacar a situação climática que viveu o Sul Catarinense neste fim-de-semana. Na noite anterior à peleja, os termômetros chegaram a marcar 5ºC, e prometiam chegar ainda mais perto do marco zero na noite seguinte. E enquanto tudo rolava, apesar do sol, a temperatura - ou, a sensação - não subiu dos 10ºC, fazendo com que, em certos momentos, o dedo deste que vos escreve simplesmente congelava; sim, eu não conseguia sequer apertar o botão da câmera. Foi bizarro!

Com cinco segundos, Andrei tomou um coice do adversário e teve de receber atendimento (Foto: Matheus Pereira)
Matheus Laguna se aplica na marcação de Ranieri e rouba a bola (Foto: Matheus Pereira)
Sem saber direito o que esperar da peleja, mal tinha me acomodado na fria sombra da parte de fora das quatro linhas quando o AEC aproveitou uma bola alçada na área e balançou as redes. No entanto, o árbitro Almir Bortolotto anulou o tento, assinalando falta de ataque da equipe do extremo sul. Aliás, o senhor do apito nesta tarde, talvez pelo frio, não tava muito afim de deixar a bola rolar. Assinalando tudo como infração, qualquer bola aérea era falta de ataque, o que tornou o jogo bem previsível, de forma geral.

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Mesmo assim, a partida, ou ao menos o início dela, não esteve sem graça. O bom Matheus Laguna, contratação do Caravaggio para o Regional desse ano, foi um dos melhores da equipe em campo. Logo no começo, pegou sobra de bola e quase marcou após boa finalização. Quem também passou perto de abrir a contagem para os donos da casa foi Marquinhos, que soltou um TIRAMBAÇO em cobrança de falta e mandou para fora. Tal superioridade do Carava irritou o treinador visitante, Geraldo Aurélio. Ao ver que seus comandados pouco prestavam atenção a suas instruções de marcação, soltou um sincero "vão comer um trem!". Não consegui segurar as gargalhadas.

Árbitro aplica cartão amarelo (Foto: Matheus Pereira)
Sofrendo - ou não - com o frio da sombra, Chumbo e Ranieri na disputa (Foto: Matheus Pereira)
Entretanto, uma das principais chances da primeira etapa - se não a principal - veio na cabeça do grandalhão Kanu. O lateral Chumbo acertou um belo cruzamento, perfeitamente na cuca do centroavante, que, com toda a calma do mundo, escolheu onde meter a bola e acabou pondo pela linha de fundo, arrancando suspiros amargurados dos "não-tantos" torcedores presentes. A resposta do Araranguá veio com o estreante Vanderlei, que, após jogada rápida da equipe, deu uma sincera canelada na bola e perdeu grande chance.

O goleiro Pedro Paulo, do esquadrão local, também trabalhou - logo em seguida ao lance anterior, pegou uma cabeçada à queima-roupa. Tudo isso, mal posto no papel por uma mão tremida deste relator. Olho para o lado, está o banco de reservas do Caravaggio buscando se cobrir no bandeirão da equipe; olho para o outro, e os atletas do banco do AEC estão todos com seus moletons pessoais. Tava difícil!

Não Estava Nada Fácil™ (Foto: Matheus Pereira)
Zagueirão Maicon se aventura no ataque e quase balança as redes (Foto: Matheus Pereira)
De notável no primeiro tempo, restaram-se as duas subidas ao ataque do zagueirão Maicon, do Caravaggio, à la David Luiz. Na primeira, quando ia invadir a área tomou uma trombada bizarra do adversário, mas o árbitro da partida, além de nada assinalar, ainda viu simulação do atleta local. Na segunda (foto acima), recebeu totalmente livre, bateu cruzado e tirou tinta da trave direita de Tiago Jung. Mas as redes não foram balançadas e o primeiro tempo se encerrou zerado.

No intervalo, fiquei papeando com o companheiro da tarde, presente nas arquibancadas. Como um EXÍMIO comentarista que é, apontou vários detalhes que normalmente passariam despercebidos no primeiro tempo; como, por exemplo, a habilidade de Andrei, o garoto dono da 11 do Caravaggio. Também, a falta de velocidade e a sobra de técnica de Matheus Laguna, o que faria que a equipe de Nova Veneza se melhor postasse num 4-3-2-1 do que no habitual 4-2-2-2, como o treinador Admilson Rabello exercia. Na sincera? Visão de jogo sensacional.

Bandeirão gigantesco do CFC servindo de cenário sempre - agora, Araranguá ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Andrei reclama de falta, enquanto Maikon Borges chia (Foto: Matheus Pereira)
Quem começou voando a etapa final foi o time da casa. Primeiramente, foi o experiente (mas, sumido na partida de hoje) Gelinho quem tentou, de falta, mas Tiago Jung defendeu firme. Depois dele, foi a vez do volante Marquinhos, que fez excelente jogada individual, limpando três marcadores, mas, na hora da finalização, isolou. Mesmo com todo o ímpeto, não era necessário esforço redobrado do AEC para se defender, visto que o Caravaggio sofria com a pouca movimentação dos seus homens de frente, com exceção de Andrei.

Na base da pressão, os locais seguiam arrancando suspiros dos torcedores presentes na Montanha. O lateral-direito Chumbo pegou boa sobra, mas bateu mascado - mesmo assim, tirou tinta da trave. Melhor em campo, o Carava desperdiçava boas hipóteses de tirar o zero do placar ao errar alguns passes cruciais ou demorar muito até chegar na possibilidade de finalização. E como se já não tivesse ruim para o Araranguá, Juliano sofreu um "fogo amigo" - uma bolada sem precedentes certeira na face - proferido por Maykon Viana. Ficou zonzo, saiu de maca, mas retornou. Certamente, ardeu. Haja coragem!

Maykon Viana tenta se desculpar com o companheiro; a bolada foi feia! (Foto: Matheus Pereira)
Marquinhos carrega a bola, já sem o sol sobre os cucurutos (Foto: Matheus Pereira)
O comandante da equipe visitante tirou da cartola o meia Mauricinho, que tem, inclusive, passagens pela base do Criciúma, segundo um repórter da Rádio Araranguá. O garoto entrou, ciscou, e mostrou apenas ser ousado e pouco eficiente - tentou surpreender Pedro Paulo com um chute do meio da rua duas vezes. Na primeira, o arqueiro pegou sem grandes sustos, enquanto na segunda, a bola tirou tinta do travessão; no entanto, não agradou os companheiros de equipe que, livres, pediam a pelota.

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Quando a partida já se encaminhava para a quinzena final, duas chances em sequência, uma para cada lado, movimentaram a cancha. Primeiramente, a favor do Caravaggio: Esquerdinha furou feio dentro da área e cedeu a posse da bola em campo de ataque inimigo para Andrei, que bateu forte e quase marcou. Segundos mais tarde, o meia Dirceu, do AEC, deixou Marcinho no chão e por pouco não assinou uma pintura ao bater com estilo no ângulo, passando muito perto das metas adversárias.

Andrei vai ao ataque e atrai a atenção de Renan e sua cabeleira; o sol deu as caras apenas momentaneamente (Foto: Matheus Pereira)
Jogadores atrás da esfera-mor do esporte (Foto: Matheus Pereira)
Nos dez minutos finais, porém, o jogo enfeiou totalmente. As equipes já não acertavam mais nada e a perspectiva da partida parecia pouco mudar. Na minha caderneta, anotei que houve equilíbrio, mas foi, com certeza, um eufemismo. Sem mais delongas, a pobreza de futebol vista nos últimos instantes garantiu o placar final em Caravaggio 0x0 Araranguá. E as equipes ainda ocupam posições que sequer incomodam o trio da ponta, composto por Metropolitano, Turvo e Carbonífera Criciúma. Preocupante para o atual vice-campeão, ossos do ofício para aquele que copou a Segunda Divisão do certame em 2014.

Pura simpatia. Mas, pelo andar das carruagens, nenhuma de tais pinturas será atualizada este ano (Foto: Matheus Pereira)
Mas, melhor para ambos os esquadrões, ainda há muito o que rolar nesse Regional - as equipes chegaram apenas na metade de suas partidas. O Desprovidos se despede, por enquanto, da Região Mineira, e voltará à Grande Florianópolis, onde, na semana que vem, já teremos a cobertura total da partida de volta da decisão do Municipal. A ida? 3 a 3! Te mete a apostar agora, nego! Voltem na semana que vem que tem mais.

Abraços!

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