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domingo, 12 de julho de 2015

Sob nuvens e sobre lama, Triunfo massacra Florianópolis fora de casa

Daí!

Seguindo nossos compromissos semanais nas canchas florianopolitanas, o relato de hoje traz um "até breve" - da cidade, não do blog - ocasionado pelas férias deste que vos fala. Porém, isso é papo pra depois. Por ora, foco no confronto válido pelo Campeonato Municipal de Florianópolis presenciado esta tarde de domingo no bairro de Vargem de Bom de Jesus; no Estádio do SEC Florianópolis, o próprio Florianópolis recepcionou o Triunfo em peleja válida pela terceira rodada do segundo turno do certame.

SEC Florianópolis, que entrou em campo com: Carlos Eduardo; João Victor, Luiz Eduardo, Evair e Dudu; Cláudio, Cris, Léo Gazola (Paulo Ricardo) e Gui (Lipe); Toninho e Claudinho (Sapo). (Foto: Matheus Pereira)
ASCD Triunfo, jogando hoje com: Sarrafo; Renato, Bruno, Jeferson e Laion; Gi (Neto), César (Robinho), Willian Araújo (Foca) e Caio (Edson Galvão); Kelvin e Osvaldo (Victor França). (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem do dia, formado por Fernando Henrique de Medeiros Miranda, Paulo Sérgio Valdir Martins e Juan Leandro dos Santos, junto aos capitães Cláudio Chagas e Gi (Foto: Matheus Pereira)
Fincados no meio da tabela do Grupo A, os esquadrões do Florianópolis e do Triunfo seguem na luta para garantir as vagas nas quartas-de-final do Municipal. No primeiro turno, o encontro entre as equipes havia terminado em vitória por 3 a 2 para a equipe de Sambaqui, hoje visitante, atual campeã da Segundona de Floripa. Com uma boa leva de torcedores em favor da equipe - em mesmo número aos locais, praticamente -, o time do Triunfo prometia novamente dar trabalho ao Florianópolis.

Chegando lá, no mais NEBULOSO dos dias, vi que o gramado estava deveras enlameado. Isso se deve às constantes quedas d'água durante a semana na cidade de "Chovianópolis", e ao pisar dentro das quatro linhas do estádio não-nomeado voltou a cair uma chuvinha fina, daquelas que incomoda; ainda assim, não arredei o pé. Vale ressaltar que encontrei, mais uma vez, o Celso, que cobre as equipes do Norte da Ilha.

Laion, que até ano passado atuava no futebol profissional, cobra lateral pelo Triunfo (Foto: Matheus Pereira)
A rede balançou cedo... (Foto: Matheus Pereira)
Desde os primeiros instantes do jogo, tudo esteve bem movimentado. Uma chance de cada lado quando o cronômetro ainda não havia chegado no minuto dois fizeram este que vos escreve se animar para o que tinha de vir. As redes davam indícios de quem iam balançar cedo. Eram 6 minutos de confronto, quando Kelvin foi lançado, recebeu na frente do goleiro e só deu um tapa para abrir a contagem: 1 a 0.

No lance seguinte, o mesmo Kelvin aproveitou saída atabalhoada do goleiro adversário e tocou para Osvaldo fazer, mas o centroavante finalizou na trave. Sem poder de reação, o Florianópolis buscava em lances esparsos oferecer perigo às metas defendidas por Sarrafo. O meia-atacante Gui girou, mas bateu muito alto. Com facilidade, o Triunfo chegou ao segundo gol antes mesmo d'eu chegar ao terceiro páragrafo relativo aos noventa minutos.

Mais uma comemoração ainda no começo da partida (Foto: Matheus Pereira)
Toninho ginga frente a um mar em dois tons de verde (Foto: Matheus Pereira)
O atacante Osvaldo fez o que quer dentro da área adversária, colecionando adversários deixados para trás, tabelou com Kelvin e fez um belo gol, ampliando a contagem. O time da casa, embalado pelos torcedores colados ao alambrado, que tanto reclamavam com o treinador quanto provocavam os jogadores adversários, buscou na raça ter algum diferencial. Chute aqui, chute ali, todos por cima ou sem força de perigo ao goleiro do Triunfo.

A equipe do Sambaqui ainda levou um susto na etapa inicial, com a queda do atacante Kelvin após dividida. Ele, que até então era o melhor do time em campo, não se lesionou e permaneceu no gramado. Dentro das quatro linhas, ainda viu o volante Cris, do Florianópolis, ser expulso por dois lances bizarros; meteu a mão na bola em contra-ataque adversário e viu amarelo. Até aí tudo bem, mas não deu nem trinta SEGUNDOS até que o mesmo camisa cinco da equipe local deu um pontapé no adversário e foi posto para a rua.

Lateral do Florianópolis faz o lançamento sob a marcação de Osvaldo (Foto: Matheus Pereira)
Laion recebe atendimento na parte lateral do gramado (Foto: Matheus Pereira)
A segunda bola na trave da partida veio com o mesmo Kelvin, que completou de cabeça no poste. O Triunfo seguia pressionando; e, acuado, o Florianópolis deixou novamente Osvaldo sozinho. O camisa nove testou com força após cobrança de falta para decretar o 3 a 0 em 37 minutos jogados no confronto. Pondo o coração na ponta da chuteira, o esquadrão aurinegro tentou. Com Léo Gazola, que falhou no domínio na área; com Claudinho, que chutou longe uma sobra de bola dentro da área. Os visitantes ainda puseram os locais na roda antes mesmo do fim da primeira etapa.

Árbitro Fernando Miranda dando um show de malemolência (Foto: Matheus Pereira)
Caio leva o Triunfo ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
A etapa final se iniciou, e o Florianópolis parecia mudar o panorama do primeiro tempo. Claudinho, de cabeça, assustou o goleiro Sarrafo ainda no comecinho do jogo. Ele foi substituído no minuto seguinte, e viu do banco de reservas um gol deveras BIZARRO pintar. O arisco Toninho foi lançado pelo time da casa, o goleirão do Triunfo saiu com muita vontade para dar um chutão e deu uma furada incrível, deixando à disposição para o camisa dez dos aurinegros diminuir o placar: 3 a 1.

O gol foi o divisor de águas do segundo tempo, e tudo voltou a ser como no primeiro; Triunfo melhor, sem dar muitas chances de jogo para os locais, e controlando a partida. Kelvin quase marcou ao bater rasteiro quando invadiu a área, obrigando boa espalmada do arqueiro adversário. Mas Osvaldo, que tem FARO de gol, acertou a cabeça na bola após cobrança de escanteio feita por Willian, e alargou de novo a diferença.

Willian pondo a bola para fora enquanto Claudinho se retorce de dor (Foto: Matheus Pereira)
Levantamento na área, Foca sobe para cabecear (Foto: Matheus Pereira)
O hat-trick das finalizações na trave por parte do escrete verde aconteceu com Foca, que, em seu primeiro lance, também cabeceou na cidadã. O Triunfo não precisava sequer fazer esforço para exercer pressão no campo de ataque do time local; quando passava do meio-campo, o Florianópolis conseguia perder a posse da bola logo em seguida. Edson Galvão, atleta conhecido no futebol profissional catarinense, entrou na etapa final pelo time do Sambaqui, quando o futebol praticado já era quase um TIKI-TAKA.

O guerreiro isolado Toninho buscava um refresco no ar da Vargem do Bom Jesus vez ou outra; tentou uma bomba de longe, mas o goleiro defendeu sem grandes problemas. Azar para o camisa dez local, pois no lance seguinte o lateral Laion fez o que quis, invadiu a área e bateu forte de canhota, aplicando 5 a 1 no placar. O mesmo atleta quase marcou o sexto pouco mais tarde, batendo cruzado e tirando tinta da trave.

Cláudio dá bote sobre Caio (Foto: Matheus Pereira)
No final, ainda duas grandes chances arrancaram suspiros dos torcedores. Edson Galvão tentou de cobertura pelo Triunfo, quase marcando golaço; a bola passou perto. Pelo Florianópolis, Lipe deu um chute do meio da rua e o goleirão Sarrafo se redimiu da falha bizarra no gol e desceu até o andar de baixo para fazer a defesa. No fim de tudo, o jogo terminou nisso: Florianópolis 1x5 Triunfo.

A simpática casinha que dá lugar aos vestiários do estádio (Foto: Matheus Pereira)
Dado o fim da partida, o time vencedor vai a dez pontos, abrindo cinco de vantagem em relação ao primeiro dos que estão fora da zona de classificação, ainda com nove a serem disputados. Se o Triunfo está bem encaminhado para alcançar uma vaga nas quartas-de-final, o Florianópolis segue uma incógnita; rodada após rodada, sendo goleado ou vencendo com autoridade, a equipe segue na quarta posição.

O Desprovidos se despede por ora de Florianópolis, esperando chegar a tempo de presenciar as finais do Campeonato. Ficaremos um tempinho no sul por agora, de onde deve vir também um relato fresquinho, e depois rumamos a uma viagem louca nessas férias, que será explicada mais pra frente.

Até.

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