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domingo, 19 de outubro de 2014

Carbonífera mostra ser um visitante indigesto para o Lauro Müller e se classifica às quartas

Fala aí.

De repente, me vi mais um dia, sob o olhar sanguinário do vigia, disposto a acompanhar uma partida supimpa pelo Campeonato Regional da LARM. E dessa vez, não economizei quilometragem: fui até Lauro Müller, distante 50km de Criciúma, onde a equipe local receberia o escrete da Carbonífera Criciúma. A peleja se daria no Estádio José dos Reis Roque e era válida pela última rodada da primeira fase do torneio, a de pontos corridos.

Uma melancólica visão do José dos Reis Roque (Foto: Matheus Pereira)
AD Lauro Müller, que foi a campo com: Augusto; Bambam, Samuel (Maicon), Bodinho e Alcione; Neném, Guilherme (Victor Hugo (Didi)), Dai e Farinha (Luiz Gustavo); Diezom e Maurício. (Foto: Matheus Pereira)
AC Criciúma, escalada com: Fabiano Borges; Dedé, Toninho, Dodi e Fá; Bruno, Ramon (Tanaka), Juca, Gutierri e Maicon Ermo; Andrei (Dael). (Foto: Matheus Pereira)
A explicação para minha debandada para a localidade mais longe da sede da LARM entre todos os clubes participantes se deve a que essa partida era simplesmente imperdível; com oito vagas nas quartas-de-final para nove clubes, apenas dois ainda disputavam a última vaga, e eram justamente os que se veriam frente a frente nesse domingo (19), sendo que nenhum dos dois ainda havia conquistado uma vitória sequer; a Carbonífera contava com três pontos vindos de empates, e o time local, com um.

Acho que a nublada Lauro Müller vale um parágrafo no texto para aqueles leitores que não são do sul catarinense. Trata-se da cidade em que está localizada a famosíssima Serra do Rio do Rastro, cartão postal catarinense e certamente uma das paisagens mais bonitas do Brasil. Depois de uma hora de estrada, localizei sem demora o estádio e me encaminhei para campo, pois a última rodada do Regional batia à porta.

Lauro Müller tenta sair para o ataque com Guilherme (Foto: Matheus Pereira)
Atletas comemoram a abertura do placar (Foto: Matheus Pereira)
O jogo já começou prometendo bastante. Os atletas não faziam lá muita questão de tirar o pé nos lances de dividida, e o clube local tentou, em vão, tomar as rédeas do confronto. Com quatro de seus titulares lesionados, a equipe não conseguiu apresentar muito perigo à meta de Fabiano no começo do jogo, e ainda viu sua rede ser balançada aos 9: Fá cobrou escanteio, Gutierri ajeitou e o volante Ramon colocou para dentro, abrindo a contagem.

Com muita reclamação de impedimento na jogada, declaradamente estava aberta a temporada de caça à arbitragem no José dos Reis Roque no dia de hoje. O auxiliar Guto Patrício era o que mais ouvia, por estar sob a TRIBUNA DE HONRA do estádio, que até agora não entendi o fim dela (a não ser se transformar no local onde os jogadores iam depois de expulsos ou substituídos).

Massagista atendendo ao jogador da Carbonífera (Foto: Matheus Pereira)
Alcione VOA para dar carrinho em Andrei - ou na bola? (Foto: Matheus Pereira)
Tudo então se amornou tecnicamente falando, muito embora as jogadas ríspidas tenham continuado frequentes. Então, num lance BEM DO NADA, enquanto este que vos escreve olhava a câmera, o gol de empate aconteceu. A equipe do Lauro Müller, por meio de Diezom, se aproveitou de lambança da defesa do Alvinegro, sendo que o atacante deixou até o goleiro Fabiano Borges a ver navios e rolou para Maurício completar para o gol vazio: 1 a 1.

O gol poderia ter inflamado o escrete local, que nadou um bocado, mas realmente morreu na praia. Sem a referência no meio, o armador Rodrigo Hoffmann, lesionado, a criatividade ficou bem escassa para o Lauro Müller, que não conseguia fazer a bola chegar até o plantado Maurício. As poucas chances de gol a favor do clube alviazul ficavam por conta das trapalhadas da defesa do Carbonífera, algumas delas dignas de programa pastelão.

Juca armando jogada em favor dos visitantes (Foto: Matheus Pereira)
Pintando cartão amarelo para Dai (Foto: Matheus Pereira)
Tanto é que o que salvava a Carbonífera era a parte da frente - que enfrentava uma defesa igualmente bizarra -. Aos 30 minutos, Andrei tratou de recolocar a equipe na frente do placar após receber cara a cara com Augusto e bater no canto. Seis minutos mais tarde, Gutierri foi quem saiu na frente do arqueiro adversário, sem grande dificuldade, e apenas jogou a pelota nas redes, 3 a 1 a favor dos visitantes sem muito esforço.

Com tantos pontapés que sobravam no jogo, era inevitável que ainda no primeiro tempo saísse uma penalidade. O curioso foi que ela surgiu quando o zagueiro Bodinho cortou um cruzamento com o braço, já nos instantes finais. Era a chance da Carbonífera fazer o 4 a 1 e praticamente sacramentar a partida já no intervalo, necessitando sofrer outros quatro tentos para cair fora. Só que o meia Gutierri desperdiçou a cobrança e o placar seguiu o mesmo.

Mais uma jogada puxada pela esquerda da equipe da casa (Foto: Matheus Pereira)
Bastante caçado, dessa vez Andrei fica caído após dividida com Guilherme (Foto: Matheus Pereira)
A etapa final nem bem chegou e o time da casa já teve uma baixa: o meia Dai viu a cor do cartão amarelo pela segunda vez e foi posto para a rua pelo árbitro Manoel Tomaz. Logicamente, então, a partida se tornou muito módica e o que mais valeu a pena mesmo foi um bom papo que bati com um colega cujo nome acabei não descobrindo. Gutierri tratou de animar a galera ao fazer linda jogada, aplicando meia-lua em dois zagueiros com um só toque, mas nos colocou na real quando desperdiçou o gol feito que se seguiu ao lance.

Com apenas dois jogadores no banco, a Carbonífera Criciúma viu seus onze de dentro do gramado tratarem de descansar e não forçar muito. O Lauro Müller se animou e buscou re-esquentar o clima do jogo - apenas metaforicamente, pois no céu o sol brilhava imponente e nos torrava sem dó neste segundo tempo. Outro que estava FERVENDO era o treinador do clube visitante, Madeirinha, que esbravejava com seus jogadores sem lembrar que estava 3 a 1 em seu favor.

Maicon Ermo com a redonda perto do círculo central (Foto: Matheus Pereira)
No entanto, o Lauro Müller finalmente teve êxito em sua tarefa de colocar fogo na partida aos 29 minutos, por meio do atacante Maurício, que aproveitou de novo erro da zaga visitante e bateu no canto, reduzindo o marcador para 3 a 2. Pela 194ª vez no confronto, aproximadamente, eu pensei "AGORA VAI!", mas, pra variar, em vão. O futebol voltou a ser praticado sem muita qualidade, com a Carbonífera segurando o placar que a classificaria.

Tendo que se lançar à frente, o Lauro Müller acabou deixando a defesa desguarnecida. Num desses lances quando já eram 40 minutos, Maicon Ermo fez bonita jogada, invadiu a área e bateu no cantinho de Augusto: 4 a 2. A partir de então, todos sabíamos que tudo já estava finalizado, e foi preciso apenas esperar novos oito minutos para o apito final; não sem antes Maicon Ermo perder a chance de fazer o quinto.

Desesperado, o Lauro Müller se lançou ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Maicon Ermo veio comemorar seu gol no banco de reservas (Foto: Matheus Pereira)
Ao fim de tudo, o apito de Manoel Tomaz decretou a classificação do Alvinegro criciumense com o placar de Lauro Müller 2x4 Carbonífera Criciúma. O time da casa deu adeus à competição e foca agora na LARM de 2015 - como uma equipe que acabou de ascender à elite, tem muito ainda a evoluir. Já à Carbonífera, que abocanhou a última vaga, resta a pedreira de encarar o Meleiro, que sobrou na liderança do Regional e é tido como um dos favoritos ao título.

Agora, restam apenas os oito primeiros escudinhos (Foto: Matheus Pereira)
Como eu já havia antecipado semana passada, parece realmente que o negócio tá afunilando. Estamos nos encaminhando para a decisão do 66º Campeonato Regional da LARM. Logicamente, tudo aparecerá por aqui. Vamos, arriba y avante. Tudo que vier a gente estará lá.

Ah, e o Campeonato Sul-Brasileiro tá chegando. Alguma dúvida de que o Desprovidos irá cobrir?

Abraços.

2 comentários:

  1. parabens pelo teu trabalho. Valeu. Rodolfo Devilla, de Orleans...

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    1. Valeu, Rodolfo! Na correria acabei esquecendo de me apresentar por lá hahaha abraço!

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