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domingo, 20 de abril de 2014

Chuva, expulsões e Metropolitano na finalíssima da Copa Sul

Olá.

Neste sábado (19), fui até o bairro Metropolitana (que não, não tem nada a ver com o Metropolitano), em Criciúma, mais precisamente ao estádio João Estevão de Souza - que é onde o Mãe Luzia está mandando suas partidas. A peleja envolvia a equipe da casa e o Metropolitano, de Nova Veneza - ambas já vistas aqui no blog - e era válida pela semifinal da Copa Sul dos Campeões (volta). Comigo foi, mais uma vez, o queridíssimo Giovane.

Panorâmica da partida, ainda antes da chuva cair (Foto: Matheus Pereira)
Na partida de ida, o Metropolitano - que nunca conquistou a taça da competição - havia vencido o Mãe Luzia em seus domínios pelo placar de 1 a 0. E agora visitava a equipe verde e branca, que está jogando bem longe de sua sede, o estádio Olavo de Assis Sartori, por motivos que eu não tenho a mínima ideia. Fui ao estádio com várias nuvens ameaçando um temporal que se concretizou mais tarde.

A torcida do Metrô veio em peso de Nova Veneza até o João Estevão de Souza. Com bandeirão e cantos de apoio, deixou muita torcida de time profissional NO CHINELO. E eles não se importaram com a chuva que se instaurou no começo da partida - ao contrário dos poucos torcedores do Mãe Luzia, que se espremiam sob o bar do estádio.

Pessoal se espremendo sob um teto enquanto a majestosa chuva irrompia os céus (Foto: Giovane Marcelino)
O jogo começou já prometendo um PEGUEIRO. O clima era quente desde o começo, com jogadas mais duras e muito bate-boca. Era mais que óbvio que o jogo não ia terminar com 22 jogadores. E enquanto o bandeirão chegava e a torcida procurava algum lugar para se proteger da VIOLENTA chuva, a rede balançava. Movido à vontade, o Mãe Luzia chegou lá aos 19 minutos, com o atacante Romenigg.

Retrato do começo do jogo: chuva e jogador caído (Foto: Matheus Pereira)
E dá-lhe temporal, alheio ao cartão amarelo para o atleta André Gaúcho (Foto: Matheus Pereira)
Como previsto por mim, a briga, ela veio. E foi logo em seguida ao gol, quando um jogador de cada lado deixou o pé numa dividida e o clima esquentou. Quando os ânimos estavam começando a se acalmar, o senhor Gelson Demétrio, árbitro da partida, deu um cartão vermelho para o zagueiro Cleiton, 4 do Mãe Luzia. Até aí tudo bem, exceto que ele apresentou la roja no meio da MUVUCA, ao invés de tirar o jogador do bolo. Obviamente, ele foi para cima dos adversários, buscando levar alguém junto - especialmente Ricardinho, o 6 do Metrô, que havia trocado carinhos com o zagueirão na confusão anterior.

E aí o pau pegou. Sobraram socos e discussões, a polícia entrou em campo e até os dirigentes tiveram que entrar pra acalmar seus jogadores. O tal do Ricardinho foi mesmo expulso, e depois de cerca de cinco minutos, os ânimos - teoricamente - se acalmaram.

Quando o zagueirão Cleiton foi pra cima dos adversários, não foi fácil segurar (Foto: Matheus Pereira)
O cabeludo ali é o presida do Mãe Luzia, que precisou entrar pra acalmar os ânimos (Foto: Matheus Pereira)
E a bola voltou a rolar. O Metropolitano mostrou que é mais time e conseguiu chegar ao empate, com o zagueirão Willian completando bola que sobrou na área: 1 a 1. O gol dava a classificação à equipe de Nova Veneza. Pena que minutos mais tarde o mesmo zagueiro deu um carrinho HORROROSO na lateral de campo, fazendo o adversário voar, e também viu a cor vermelha do cartão. E esse foi o primeiro tempo: tensão, três vermelhos e dois gols.

Goleiro Passarela pronto para repor a bola (Foto: Matheus Pereira)
O estado do banco de reservas da equipe do Metropolitano, e os jogadores/comissão técnica EM PÉ (Foto: Matheus Pereira)
Aí no intervalo, duas cenas curiosas. A primeira foi o estado do banco de reservas do Metrô (foto acima), que obrigava os jogadores a ficarem em pé nele. A segunda foi o extremo atraso do trio de arbitragem, que por pouco não impediu o segundo tempo de rolar, visto que o Mãe Luzia NÃO HAVIA PAGO os mesmos, e a regra da LARM diz que os árbitros terão que ser pagos antes do começo do escrete.

Enfim, com a bola rolando, foi o esperado: Metrô FECHADÍSSIMO no campo de defesa, especialmente por ter dois jogadores a menos, e o Mãe Luzia era só pressão, com direito a 3 atacantes de ofício e mais um encostando. Mas a equipe alvirrubra era perigosa nos contra-ataques puxados pelo sempre serelepe Foguinho, e assim conseguiam assustar os adversários.

Jogada ofensiva da equipe do Mãe Luzia (Foto: Matheus Pereira)
Mas o gol saiu foi do outro lado (Foto: Matheus Pereira)
E foi num desses contra-ataques que veio o golpe final. Foguinho fez tudo perfeitamente, levando a marcação junto até o ataque, quando deu um cruzamento na medida para o atacante Maurício. E o atacante acertou um BALAÇO, com a bola morrendo no cantinho: 2 a 1, e a última pá de cal foi jogada sobre o caixão do Mãe Luzia. Restavam cerca de 20 minutos e a equipe precisava de 2 gols para levar o jogo para as penalidades.

Os jogadores foram comemorar com a torcida presente no João Estevão de Souza (Foto: Matheus Pereira)
Quem acabou assustando mais foi o próprio Metrô, que desperdiçou duas chances claríssimas. O time da casa acabou envolto pelo FERROLHO dos visitantes e não assustou, embora a posse de bola tenha sido predominantemente verde. Mas o placar ao fim da partida apontava Mãe Luzia 1x2 Metropolitano, e o GEM está na final; o adversário é o Rui Barbosa. Ah, e no fim de tudo, os árbitros foram pagos. Ainda bem! A páscoa está garantida.

Um torcedor do GEM se protege da chuva com um peculiar CARRINHO DE MÃO (Foto: Matheus Pereira)
Dado o fim da partida e o cessar momentâneo da chuva, peguei o rumo de casa e já me preparei para as finalíssimas. A melhor cobertura das decisões você verá só aqui no Desprovidos. Até semana que vem, em Morro da Fumaça!

Abraços.

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