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domingo, 26 de abril de 2015

Em partida com quatro expulsões, João Paulo II segura o empate e vai à semifinal da Interligas

E aí!

Nesta Grande Florianópolis vazia devido à final do Campeonato Catarinense, preferi o nosso sensacional amador às finais do estadual e rumei até a Ponte do Imaruim, em Palhoça. Por lá, no Estádio João Miguel, rolaria um confronto válido pelas quartas-de-final da Copa Interligas, jogo de volta. O time da casa, João Paulo II, recebeu o Campinas (que já esteve aqui) com a vantagem do empate, por ter vencido a ida no campo adversário.

SERC João Paulo II, que foi a campo com a seguinte formação: Daivison; Kowalski (Maicon), Geovane, Minhoca e Wagner; Ismael, Luiz Ricardo, Wilson (Wallace) e Jean Ventura; Pelezinho (Samuca) e Cris (Rafael). (Foto: Matheus Pereira)
SER Campinas, escalado com os atletas: Jeferson; Pita, Natan Sabino, Barra (Ítalo) e Maranhão; Ernesto (Dudu), Gregory, Nathan Rosa (André), Thiago Sorocaba e Bruno; Thiago Nascimento (Danyel). (Foto: Matheus Pereira)
O árbitro Evilásio Alfredo Brüggemann e seus auxiliares, Carlos André Inácio e Eder Miguel Sacco, além dos capitães (Foto: Matheus Pereira)
Sem tripé, pois o espertão aqui esqueceu a peça crucial do equipamento em casa, cheguei a tempo de apreciar o estádio, que fica quase colado à barra do rio Imaruim - que divide Palhoça e São José. A sede social do clube, acoplada à cancha, é muito simpática; lá, estavam todos com um olho na peleja e outro olho na televisão, onde estava sendo transmitida a partida entre Figueira e Joinville, pela final do estadual, que ocorria a poucos quilômetros dali.

Agora, falando da bola rolando: o JP tinha, além da vantagem de decidir em casa (conquistada após fazer campanha superior à do adversário), a regalia de poder jogar pelo empate, pois, no Campeche, território do Campinas, havia vencido por 2 a 1. Essa foi a última das quartas-de-final a ser jogada, pois no sábado os outros três jogos haviam rolado, selando a classificação de BAC, Estrela Azul e Grêmio Cachoeira. O Desprovidos, porém, preferiu uma visitinha à praia no sabadão.

Maranhão avança com a bola pelo Campinas (Foto: Matheus Pereira)
Após dividida, atletas caem em pose ACROBÁTICA (Foto: Matheus Pereira)
A bola começou a rolar com o apito do sr. Evilásio e os ânimos já se iniciaram exaltados entre as comissões técnicas. Enquanto os atletas não reverberavam isso em campo, o jogo foi bastante objetivo. Precisando da vitória, o Campinas bem que tentou tomar as rédeas do confronto no início, no entanto, o time da casa foi quem assustou primeiro. O goleirão Jeferson, que já jogou pelo profissional do Atlético de Ibirama, foi exigido em dois lances distintos ainda no princípio.

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Pelezinho, com um petardo, foi o primeiro. Mais tarde, Jean Ventura, de dentro da pequena área, deu uma bela cabeçada e exigiu defesa à queima-roupa do arqueiro do Campinas, num lance sensacional. Pouco depois, o trio de arbitragem cometeu a bizarria de marcar impedimento num LATERAL do clube de Florianópolis, o que levou os integrantes da comissão técnica e do banco de reservas à loucura.

Thiago Sorocaba com a bola, marcado de perto por Wagner (Foto: Matheus Pereira)
Um dos retratos da treta ocorrida na primeira etapa (Foto: Matheus Pereira)
A partir dos vinte minutos, quem passou a aproveitar as oportunidades e assustar foi o Campinas. Aos 23, o lateral Maranhão, muito SERELEPE em suas investidas, apareceu como elemento-surpresa e quase marcou, jogando por cima da marca do penal. Dois minutos mais tarde, foi a vez de Gregory bater muito bem e exigir grande defesa do goleiro Daivison. Quando a bola tava roubando a cena, porém, a partida descambou pra baixaria.

Aconteceu numa sequência de lances. Primeiro, a defesa do JP levantou o pé demais sobre Bruno, que ficou caído. O juizão não deu nada, e o time da casa não fez questão de paralisar o jogo, causando assim a revolta do time do Campinas. Aí a bola só parou na base da braçada fora do lance, e a confusão se instaurou. Num gigantesco empurra-empurra, praticamente TODOS os atletas se tretaram, e a famigerada turma do deixa-disso nem deu as caras. No final da quizumba, Minhoca, do João Paulo II, e Thiago Sorocaba, do Campinas, foram postos para a rua.

Jogada do primeiro tempo (Foto: Matheus Pereira)
Campinas teve leve superioridade na etapa inicial (Foto: Matheus Pereira)
A etapa inicial foi chegando ao final e lances dignos de nota foi de se contar nos dedos. Mas, certamente, o momento mais interessante da partida aconteceu quando Evilásio Brüggemann foi assinalar os acréscimos e o mesário acabou não vendo. Sendo assim, quem assinalou foi simplesmente o treinador do João Paulo II. Confesso que ri sozinho da cena inusitada. Sem alterar o marcador, tudo terminou em zero.

No intervalo, o time da casa, querendo segurar o empate e recompôr a defesa, pôs um zagueiro em campo na vaga do centroavante. Aí, o JP abdicou de jogar e viu o Campinas dominar todos os setores da partida. Logo aos 6, Thiago Nascimento bateu forte e obrigou Daivison a fazer boa defesa. Pouco mais tarde, novamente o centroavante do time de Floripa bateu bem, e dessa vez tirou tinta da trave e arrancou suspiros do banco de reservas.

Dividida no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)

A segunda confusão da partida, ocorrida na etapa final (Foto: Matheus Pereira)

Como se não bastasse apenas uma, rolou na partida uma segunda confusão na etapa final. Luiz Ricardo, do JP, e Bruno, do Campinas, trocaram sopapos, e logo os jogadores já se acumularam na discussão novamente. Sem pestanejar, Evilásio expulsou Bruno, um dos pivôs do bafafá, e Jean Ventura, meia-atacante do time da casa que também esteve envolvido e teve sua expulsão bastante contestada.

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Já com nove jogadores em cada esquadra, a partida se tornou repleta de espaços. Tendo o cronômetro como inimigo, o Campinas se concentrava basicamente no campo de ataque, com o arqueiro Jeferson praticamente MORANDO na intermediária de defesa, sem saber mais o que era retornar para baixo das metas. Tal pressão foi surtindo efeito; aos 28, o goleiro do João Paulo foi exigido em cobrança de falta. Em seguida, Luiz Ricardo quase marcou contra.

Natan Sabino e Pelezinho, respectivamente, observam o rolar da pelota (Foto: Matheus Pereira)
Interceptação feita por Pelezinho na metade da cancha (Foto: Matheus Pereira)
Mas o lance capital, que seria o último suspiro de um Campinas respirando por aparelhos, veio aos 37 minutos. Após cruzamento, Natan Sabino, completamente livre, cabeceou com classe na área, escolhendo o canto. Todo mundo fez golpe de vista - uns para entrar, outros para sair - e a bola tirou tinta da trave direita de Daivison, levando o zagueirão ao desespero dentro da pequena área. Mesmo na raça, o time visitante não conseguiu alterar o placar: João Paulo II 0x0 Campinas.

Bacana fachada do Estádio João Miguel (Foto: Matheus Pereira)
Sem zebras: os quatro clubes restantes foram os vencedores de quatro das cinco ligas participantes. Com o resultado, o João Paulo selou sua classificação para as semifinais da Interligas, onde enfrentará o Grêmio Cachoeira. Do outro lado da chave, BAC e Estrela Azul se enfrentam para decidir o outro finalista. Não devem restar dúvidas de que o Desprovidos estará lá para cobrir a reta final da competição, que dará vaga no estadual de amadores ao campeão. Paralelamente, diversas competições estão estreando na Grande Fpolis, e tentaremos cobrir uma delas já nesse fim-de-semana.

Peguei com facilidade o ônibus de retorno, pois a linha Estação Palhoça - Terminal Central de Florianópolis possui um veículo a cada 15 minutos (o blog agradece). O único pesar é a facada no preço da tarifa, algo que já está impregnado nos quatro cantos do país e que só pode ser mudado com muita luta. Por falar nela, me despeço como sempre: seguiremos!

Abraços!

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