sábado, 8 de agosto de 2015

Atlético Catarinense bate Bandeirante e abocanha última vaga às quartas-de-finais

Fala aí.

Finalmente retornamos, depois de quase um mês! A partir do momento que entramos de férias, estavam programados dois jogos, um no sul de Santa Catarina e um no Uruguai, visto que viajei para lá. Acabou que nenhum dos dois deu certo - o em solo charrua, porque caiu um TORÓ na madrugada anterior à partida, parecendo até propositalmente, e cancelaram a rodada. Triste. Mas logo haveríamos de voltar, e cá estamos mais uma vez trazendo uma peleja válida pelo Campeonato Municipal de Florianópolis.

Dessa vez, me desloquei até o pertíssimo Estádio da Gruta, aqui na Trindade, onde o Atlético Catarinense (que já apareceu aqui pela Copa Floripa, mas é o último da listinha a ser riscado no Municipal) manda suas partidas. O Galo enfrentaria o Bandeirante (que esteve cá diante do Barrense), em confronto da última rodada da fase de grupos do torneio.

CA Catarinense, o Galo da Trindade, que foi com: Jefferson; Maycon, Sandro, Humberto (Kiko) e Daniel; Niltinho, Salada (Gustavo), Felipe Gardena e Maricá; Marinho (Gentil) e Cabelo (Rodrigo). (Foto: Matheus Pereira)
Bandeirante RFC, que atuou com o seguinte esquadrão: Matheus Valentin; Rodriguinho, Matheuzinho, Matheus Santos e Lipe; Deni, Rodrigo Tristão (Wallace), Digo, Bruno Dutra e Leandrinho; Chico (Pablo). (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem do dia, composto por Felipe de Souza e seus auxiliares Fabiano Coelho da Silva e Lourimar Farias; na foto, ainda os capitães Leandrinho e Maricá. (Foto: Matheus Pereira)
Os mandantes lutavam com o Cruz de Malta, que atuaria simultaneamente diante do VT Canto, pela última vaga nas quartas-de-finais, enquanto o time do Ribeirão da Ilha, que mandou um onze inicial bastante desfigurado a campo, já estava garantido e "brigava" pela liderança do grupo com o Campinas, que enfrentaria o já rebaixado Barrense. Ou seja: as chances do Bandeirante de lascar a primeira vaga eram remotas, e pouco haviam a disputar ainda nessa primeira fase.

As duas equipes, que vinham de vitórias no grupo B, tem algo em comum: ambas são lideradas por um ex-jogador profissional, que é também capitão. Se de um lado tem Leandrinho, ainda no auge de sua idade, que atuou por meia Santa Catarina, no outro quem carrega a faixa é já um incansável Maricá. Aquele mesmo, que ficou conhecido ao jogar pelo Vasco. Como ele veio parar no amador de Floripa é uma pergunta que eu não saberia responder, mas a liderança do meia é um diferencial para o Atlético.

Alguém explica o fortíssimo calor em pleno agosto? Na foto, o treinador do Atlético tenta combater o sol (Foto: Matheus Pereira)
Daniel, com a bola, retendo aproximação do capitão Leandrinho (Foto: Matheus Pereira)
Desde o começo, o jogo teve um vilão: o calor. Em pleno mês de agosto, as últimas semanas em Santa Catarina tão sendo dignas de praia - tanto é que hoje a fila em plena Via Expressa de Floripa tava como no verão -, e hoje não foi diferente, com sol a pino. Com ele ou sem ele, o Atlético precisava ir para cima, e foi o que tentou fazer desde o começo, embora abrisse espaços para o Bandeirante, que jogava com essa bonita e ENIGMÁTICA camisa dois.

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E esses espaços por pouco não eram fatais. Explico: no comecinho, Sandro vacilou e quase entregou lá atrás para um veloz Leandrinho. O zagueirão se recuperou em seguida, e o Galo da Trindade começou a crescer em campo. Primeiro, Maricá pegou rebote de saída do goleiro e acabou finalizando para fora. Mas, pouco mais tarde, era a vez do camisa dez brilhar: numa cobrança de falta da intermediária, ele encheu o pé no alto, e o goleiro Matheus Valentin cometeu uma falha daquelas; um a zero. Foi o terceiro gol do ex-Vasco pelas páginas do Desprovidos, em dois jogos; o segundo de falta.

Jogador do Atlético, todo posudo, se esforça para evitar lateral (Foto: Matheus Pereira)
Gardena e Digo, com as simpáticas e pixadas arquibancadas do estádio ao fundo (Foto: Matheus Pereira)
Logo depois, porém, o jovem arqueiro do Bandeirante começou a se redimir. Em mais uma cobrança de falta, o conhecedor Maricá alçou o ângulo novamente com exímia perfeição, mas Matheus subiu no terceiro andar para, de mãos trocadas, defender suas metas. Chegando com relativa facilidade à área adversária, o Atlético teve outra grande chance, mas Felipe Gardena conseguiu o mais difícil: perder a bola após dominar sozinho na pequena área. Detalhe: quem o desarmou foi o goleiro, com os pés!

Nas poucas vezes que o time visitante chegava, não era tão perigoso. O volante Deni tentou de longe, mas acertou a bola na pista de skate que fica acoplada ao campo; mais um pouquinho de força e menos um pouquinho de direção, faria a bola atravessar a avenida e acabar no Shopping Iguatemi, que fica do outro lado da rua. Um raro momento de clareza para o Bandeirante ocorreu mais tarde, quando Digo cabeceou no chão, e, após a bola quicar, o goleirão Jefferson fez defesa sensacional.

Rodrigo leva o Bandeirante à frente (Foto: Matheus Pereira)
Bela disputa de bola no meio-campo, entre Deni, do BRFC, e Salada, do CAC (Foto: Matheus Pereira)
Na finaleira do primeiro tempo, o tapete Da Gruta ainda viu duas boas chances - uma de cada lado. Chico, pelo time do Ribeirão da Ilha, veio primeiro. Ele fez bonita jogada individual, limpou a zaga e bateu colocado, tirando tinta da trave. E, já no último lance da etapa inicial, Maricá cobrou escanteio em favor ao Galo, a bola bateu no atacante Marinho, totalmente sem querer, e beijou o travessão. Entretanto, a etapa inicial se encerrou no placar de um tento, apenas.

Chegou a segunda parte da peleja, e, entre papos e papos com o bandeirinha Lourimar Farias, que trampava perto de onde eu estava, vi mais uma vez os goleiros se sobressaírem, especialmente Jefferson, do Atlético. Na primeira jogada do segundo tempo, pegou bem uma finalização do meia Bruno Dutra. Quem não faz leva, conta a LENDA. Pouquinho depois, Cabelo levou bem pela frente e só rolou para um totalmente desmarcado Marinho bater no canto direito, ampliando a contagem para 2 a 0.
Marinho, o mais baixinho do bolo, comemora com os companheiros seu gol (Foto: Matheus Pereira)
Felipe Gardena e Bruno Dutra em perseguição à rechonchuda (Foto: Matheus Pereira)
Com a faca e o queijo na mão, o Galo da Trindade aos poucos dava uma descansada na partida. O Bandeirante tentou com Bruno Dutra, de fora da área, numa finalização que levou pouco perigo, ainda no primeiro terço do segundo tempo. A equipe do Ribeirão da Ilha jogava direitinho, mas era um tanto burocrática, e quando chegava, Jefferson guarnecia bem as traves do Atlético, que, por sua vez, tratava de ser bastante pontual em suas chegadas, poucas mas incisivas.

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Uma delas, foi a cabeçada do zagueiro Kiko após escanteio, que morreu na trave direita de Matheus Valentin. O árbitro Felipe de Souza, que até então estava tendo um trabalho tranquilo, teve de lidar quando Cabelo supostamente teria deixado o braço sobre o zagueiro do Bandeirante. O juizão viu e amarelou o atacante do Atlético, para muita reclamação dos visitantes, que queriam uma cor diferente da tarjeta.

Dessa vez, quem tá na luta é Leandrinho e Humberto (Foto: Matheus Pereira)
Goleiro Jefferson foi um dos destaques da partida (Foto: Matheus Pereira)
Na reta final da partida, ainda restou tempo para uma bela defesa do jovem goleiro do Bandeirante; o atacante Cabelo pegou um belo sem-pulo na área, e Matheus defendeu com os pés - estilo futsal. Logo depois o jogador do Atlético foi substituído, e enquanto passava por mim no lado de fora das quatro linhas, saiu o último gol da partida e ele, prontamente, deu uma de comentarista do lance; deveras GENIAL.

Ah, e o gol. Leandrinho recebeu na meia-lua da grande área, segurou a marcação e rolou para trás, da onde vinha o volantão Deni. Ele enfiou o pé na bola e ela foi direta no ângulo de Jefferson, e nem que fosse o homônimo da Seleção Brasileira, havia algum jeito de evitar o gol. No fim, o Bandeirante ainda teve duas faltas a favor perto da área, mas elas não resultaram em mudanças no placar, e quando Felipe de Souza apitou o fim do confronto, a vaga nas quartas era do Galo: Atlético Catarinense 2x1 Bandeirante.

O estonteante amontoado de concreto e frieza que dão o nome de shopping, bem na frente do estádio (Foto: Matheus Pereira)
Agora, estamos de volta - e espero que a todo vapor! Tem campeonatos em reta final, como o próprio Municipal e a Segundona Catarinense, enquanto outros estão agora saindo do papel, como o Palhocense, a Segunda Divisão do Municipal e a Terceirona Catarinense. Novamente, desculpas pela falta de atividade do Desprovidos em julho e agosto, e espero que nossos planos agora possam se concretizar.

Hasta.

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