Opa.
Dando prosseguimento à nossa cobertura do
Campeonato Municipal de Florianópolis, no domingo ocorreu a segunda parte da rodada dupla do Desprovidos pelo torneio. Mais uma vez nos dirigimos ao sul da ilha, onde, no bairro do Campeche, os locais do
Campinas receberiam o
VT Canto, em peleja válida pela segunda rodada do segundo turno. O palco do espetáculo seria o
Estádio Bartolomeu Manoel Daniel, que
já esteve aqui no blog.
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SER Campinas, que atuou com: Jeferson; Pita (Samuel), Barra, Binho e Maranhão; Ernesto (Jean), Gregory, Nathan Rosa (Marrom) e Mael (João Eduardo); Max e André (Salgueiro). (Foto: José Tiago de Albuquerque) |
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FV VT Canto da Lagoa, que levou a campo: Ricardo; Thiago, João Paulo, Idaki e Lon; Gerson (Maurício), Marquinho, Fralda (Luiz Henrique) e Tchê (Guilherme Teston); Lipe e Titã (Jonas Braz). (Foto: Matheus Pereira) |
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Na foto, o árbitro Vayran da Silva Rosa e seus auxiliares, Fabiano Coelho da Silva (árbitro no relato de ontem) e Adenilson Teófilo Cardoso, além dos capitães João Paulo e Ernesto. (Foto: Matheus Pereira) |
Quando cheguei aos gramados do estádio, a foto oficial do Campinas já havia sido tirada pelo grande amigo
Tiago, fotógrafo da LIFF, que gentilmente cedeu-a para esse post e foi companheiro de bons papos durante a peleja. O clube local, aliás, liderava com 100% de aproveitamento o grupo B do campeonato citadino, enquanto o VT Canto ocupava a terceira colocação, dentro da zona de classificação às quartas-de-final.
Aliás, no decorrer da primeira etapa surgiu-me uma grande dúvida quanto aos uniformes dos auriverdes. Dos quatro jogos em que já estiveram aqui prestigiados - contando com esse -, foram utilizadas três vestimentas diferentes, deixando este que vos escreve sem saber qual o "oficial". Bom, seja lá qual for, esse de hoje é o pior deles, com esse detalhe que parece um babador no peito. No entanto, todos sabemos que o que ganha jogo não é o uniforme.
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Cobrança de lateral pelo Campinas no começo do jogo (Foto: Matheus Pereira) |
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Jogada no meio da cancha (Foto: Matheus Pereira) |
O sol de inverno de Florianópolis conseguiu me enganar mais uma vez, e, como sempre, sumiu antes mesmo dos quinze minutos jogados da partida. Enquanto o frio começava a bater (mas, nem de longe da mesma intensidade do que vivi no Ribeirão da Ilha), o Campinas viu no VT Canto um adversário à altura de sua liderança. O início do confronto se concentrou na meiuca, sem grandes chances, com o jogo se tornando até mesmo meio trancado por muitas vezes.
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Para fugir desse equilíbrio, o onze auriverde buscava sair pelas laterais, e por ali conseguiu se tornar perigoso; Pita, pela direita, e o arisco Maranhão, pela esquerda, eram as principais armas do time da casa para chegar ao ataque. Mas as primeiras chances efetivas de gol saíram de chutes de fora da área, um para cada lado; Lipe bateu falta perigosa em favor dos visitantes, enquanto Nathan Rosa foi quem arriscou de longe e bateu por cima pelo time do Campinas.
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Dividida perto da linha lateral (Foto: Matheus Pereira) |
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Maranhão sobe mais que o adversário para cortar de cabeça (Foto: Matheus Pereira) |
Entretanto, o primeiro tempo em si esteve bastante distante de ser um primor técnico. Os torcedores localizados atrás de mim, no gramadão que serve de arquibancada, papeavam sobre a confusão que ocorreu no fim do jogo do Avaí, sobre o trânsito no Rio Tavares e até sobre alguns obscuros conhecidos, de tão interessante que a partida estava. Só deu uma elevada nos ânimos quando o sempre polêmico meia Tchê sofreu falta, reclamou pra lá de acintosamente com Vayran e viu amarelo, que quase ficou barato.
Aos poucos, enquanto os torcedores se distraiam, o VT Canto foi igualando as ações e começando a ditar o ritmo no jogo. Mas os locais ainda eram perigosos no contra-ataque; foi assim após paulada do lateral Lon que Jeferson pegou e repôs rapidamente, pondo o Campinas em velocidade, mas o goleiro do outro lado, Ricardo, foi mais veloz que André para interceptar. O AMARGO primeiro tempo ficou praticamente nisso, restando digno de nota apenas mais uma bomba de Gregory, que obrigou defesa em dois tempos do arqueiro do Canto da Lagoa.
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O reclamão Tchê deu trabalho ao árbitro (Foto: Matheus Pereira) |
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Será que puxaram a camisa do Lipe? (Foto: Matheus Pereira) |
Para o segundo tempo, o campo continuou o mesmo, as equipes também, agora o futebol... QUANTA diferença! Não eram nem cinco jogados quando o excelente Lipe levou pela esquerda, fez boa jogada e cruzou na medida para o volantão Fralda concluir para as redes, abrindo a contagem em favor da equipe do Canto da Lagoa. Premiado o time que apresentava melhor futebol desde a segunda metade da etapa inicial.
Pouco mais tarde, o time local ainda perdeu o lateral Pita, que sofreu estiramento na coxa ao tentar alcançar bola perto da linha de lado. Mesmo assim, após algumas alterações do treinador, o Campinas passou a corresponder em campo. Ainda que na base da correria, é verdade, mas conseguia chegar com relativa eficiência às metas defendidas por Ricardo. André chegou a perder uma cabeçada dentro da pequena área naquela que poderia ser a bola do empate.
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Fralda comemora com os companheiros o gol de abertura da contagem (Foto: Matheus Pereira) |
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Marrom, do Campinas, e Marquinho, do VT, dividem bola e levantam poeira (Foto: Matheus Pereira) |
Todavia, apesar de todo o esforço, o poder de fogo do Campinas foi se limitando. Mesmo depois de todas as cinco alterações feitas, parecia que faltava algo para a equipe engrenar - ainda que longe da apatia apresentada no primeiro tempo. Jogando a favor do placar, o VT Canto quase ampliou a contagem num lance isolado, do sempre batalhador centroavante Titã, que finalizou bem, a bola foi desviada e tirou tinta da trave de Jeferson.
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O sempre ofensivo lateral do time da casa, Maranhão, ainda deu mostras de sobrevida à equipe; num belíssimo cruzamento, deixou Max no feitio mas o atacante cabeceou por cima. Oras, se não dava com os pés, era digno usar a cabeça. O garoto João Eduardo não ouviu a indicação, e tentou acertar voleio após contra-ataque, acabando caindo bisonhamente após furar a finalização. No entanto, alguém teria de conseguir cumprir as normas à risca.
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Time da casa buscando o ataque na fase final da partida (Foto: Matheus Pereira) |
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Atletas na luta pela bola (Foto: Matheus Pereira) |
Foi já quando a peleja se encaminhava para a finaleira. Em cobrança de falta pela esquerda, um levantamento bem feito na área foi o suficiente para Marrom subir e cabecear no cantinho, empatando o marcador em 1 a 1. Os jogadores do VT Canto, porém, ficaram furiosos, reclamando de uma possível falta do atacante, que teria se apoiado no zagueiro. Em meio às reclamações, apenas mais um chute forte de Lon restou aos visitantes, mas Jeferson defendeu e garantiu o resultado em
Campinas 1x1 VT Canto.
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Comemoração dos atletas pelo gol de igualdade (Foto: Matheus Pereira) |
Ainda que não mais com 100% de aproveitamento, o Campinas mantém sua liderança e a invencibilidade. O clube do Canto da Lagoa, com o empate, permanece na terceira colocação, e nesse momento enfrentaria o Florianópolis no cruzamento de chaves para as quartas-de-final. Muito embora, ainda há muita água para passar por debaixo dessas pontes, restando três jogos para algumas equipes e quatro para outras - e ainda, caso o julgamento do possível W.O. coletivo (
entenda) determine que a rodada seja jogada novamente, cinco rodadas para outros.
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Cada corvo pousado nos refletores do estádio representou um gol nessa tarde de domingo (Foto: Matheus Pereira) |
Para rumar novamente aos meus aposentos, ganhei uma genial carona do já citado Tiago, onde fomos papeando um bocado sobre o futebol amador florianopolitano e suas adversidades. Com as férias da universidade chegando, o Desprovidos só deve estar presente mais uma semana no Municipal, então aguardem com carinho pela chegada do próximo relato. Depois, o que virá vira uma incógnita. Mas sei que caminharemos juntos.
Abraços.
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