Fala aê.
Com minha vinda ao sul do estado nesse feriadão, nem meu aniversário me impediu de cobrir a primeira das duas pelejas decisivas da
Copa Sul dos Campeões. Peguei a estrada e me dirigi até
Turvo, cidade que dista 47km de Criciúma, onde o time local, a maior surpresa da competição, iria receber o
Metropolitano, de Nova Veneza, atual bicampeão da LARM e vice-campeão da Copa Sul, pela partida de ida da finalíssima. O encontro se daria no
Estádio Elizeu Manenti.
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Turvo AC, em campo com: Evandro; Rodrigo, Diegão, Grigio (Dedé) e Marcelo Bardini (Buiú); Binho Moreno, Ricardo Carlessi (Ederaldo), Mano e Zezé; Nenê e Dael (Gabriel Zaccaron). (Foto: Matheus Pereira) |
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GE Metropolitano, que jogou com Passarela; Genison (Renan), Cleiton, Willian Barcelos e Ricardinho (Igor); Filipe, Will, Dudu (Lalo) e Luan (Bruno Frigo); Foguinho e Jean Filipe (Borrachinha). (Foto: Matheus Pereira) |
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Na foto, o trio de arbitragem, composto por Carlos Felipe Schmidt, Breno Scheifler Bento e Marceli Nascimento Albino, além dos respectivos capitães, Cleiton e Diegão. (Foto: Matheus Pereira) |
Tomei o rumo sul no início desta tarde, chegando em pouco menos de uma hora na capital do arroz. Agora, cá entre nós, nunca vi tanto silo na minha vida. Confesso que por não estar "tão longe assim" de Criciúma, é um pecado eu conhecer tão pouco a cidade de Turvo e o caminho que leva até ela, mas me surpreendi com a quantidade de silo para armazenamento dos inúmeros arrozes plantados na região. Inclusive, ao lado do estádio, tinham vários, que podem ser vistos em algumas fotos como essa acima da arbitragem.
Agora, falando sobre a Copa Sul 2015. Irretocável, a campanha do Metropolitano era perfeita. 100% de aproveitamento, ou seja, 6 vitórias nas 6 partidas que havia disputado até então. Dezessete gols marcados e seis sofridos. No caminho, eliminou Botafogo de Pescaria Brava, Braço do Norte e Água Verde. Vale ressaltar que a equipe era a atual vice-campeã da competição, tendo
perdido o título de 2014 em casa para o Rui Barbosa.
Já o Turvo era, sem sombra de dúvidas, o azarão da competição. Pegando uma chave teoricamente menos complicada, a equipe suou a camisa, e dos seis confrontos prévios à final, venceu dois, empatou outros dois e perdeu também dois, tendo eliminado Cocal do Sul, Palmeiras de Tubarão e Mãe dos Homens.
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Genison enfrenta a marcação de Marcelo (Foto: Matheus Pereira) |
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Perseguição ao adversário perto da linha lateral (Foto: Matheus Pereira) |
Nessa peleja, "estreei" uma câmera nova. Isso porque ela não é minha, mas dei uma brincada legal, até pelo fato dela ser DSLR (a.k.a. "profissional"), tive umas fotos bastante diferentes do habitual. No entanto, foi apenas um teste, e minha câmera habitual também teve seu espaço na cobertura do confronto. O resultado foi deveras satisfatório, embora sempre muitas coisas devam ser melhoradas no clicar do botão.
Com a bola rolando, o começo do jogo se mostrou favorável aos visitantes. Mais pensantes e bem postados em campo, dominaram facilmente o Turvo nos minutos iniciais e mostraram que o balançar das redes inaugural não tardaria a acontecer. Feito. Eram 12 no relógio quando Luan recebe de Will e bate na saída de Evandro para abrir a contagem no Estádio Elizeu Manenti: 1 a 0 para a equipe de Nova Veneza.
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Com a torcida do Metrô ao fundo, Ricardo Carlessi leva a melhor sobre Luan (Foto: Matheus Pereira) |
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Lateral-direito do Metrô Genison auxiliando na recomposição da defesa (Foto: Matheus Pereira) |
O Turvo tinha de aproveitar as chances quando as tinha; o lateral-direito Rodrigo quase marcou de cabeça após levantamento na área pouco mais tarde. No entanto, o Metrô era superior. E, sabendo disso, o time de Nova Veneza deu uma segurada na sequência da partida, investindo na posse de bola e, principalmente, na velocidade de seus armadores, sem assustar tanto o arqueiro Evandro em termos de finalização. Porém, os zagueiros do time local desde aí estavam perdidinhos da silva em campo.
Aos 36, numa espécie de renascimento, o time vermelho e branco quase marcou. Dudu invadiu a área e bateu cruzado; a bola pegou na trave e voltou para Foguinho, que armou com Will e o volante do Metropolitano finalizou bem, muito embora para fora. Vendo a LACUNA que se formava na lateral esquerda, o treinador turvense, Marquinhos Monteiro, sacou Marcelo Bardini e pôs Buiú em campo ainda antes dos quarenta minutos da etapa inicial.
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Camisa 2 do Metrô foi a principal arma da equipe no primeiro tempo (Foto: Matheus Pereira) |
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Dael foi um "exército de um homem só" no ataque do Turvo (Foto: Matheus Pereira) |
Naquela que foi a melhor chance turvense na primeira metade da pugna, Dael, o camisa 9 que batalhou SOZINHO ferrenhamente lá na frente, recebeu na área do bom lateral Rodrigo e bateu forte, mas o goleirão Passarela fez boa defesa à queima-roupa. A resposta da equipe de Nova Veneza não foi tão imediata, mas foi fatal. Eram quarenta e cinco minutos quando a defesa do Turvo DEU MILHO AO BODE, segundo um radialista local, e entregou de bandeja a bola para o meia Luan.
O garoto, talentoso que só, fez bonita jogada e lançou perfeitamente para o atacante Jean Filipe, que, cara a cara, não deu chances ao arqueiro adversário: 2 a 0 e foi só correr para o abraço. A etapa inicial acabou ficando nisso, com o time visitante não dando sopa ao azar e confirmando o favoritismo, embora deixasse em maus lençóis a equipe local, tanto para o segundo tempo quanto para o jogo de volta.
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Atacante finaliza, tirando do alcance de Evandro (Foto: Matheus Pereira) |
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E corre para o abraço (Foto: Matheus Pereira) |
Para o segundo tempo, o Turvo tentou ir um pouco mais para a frente com a entrada do meia Dedé. Até assustou; no comecinho, Dael arriscou um petardo do meio da vizinhança, mas a bola acabou se perdendo pela linha de fundo. O treinador dos visitantes, Walter Ghislandi, então sacou da cartola (ou do banco de reservas) o atacante Borrachinha, que fez o gol que deu o título ao Rui Barbosa sobre o próprio Metropolitano no ano passado e que nessa Copa Sul veste vermelho e branco.
Assim que entrou, Borracha teve duas chances. A primeira, ao receber de Dudu, finalizou sobre o goleiro e a meta. A segunda, chutou de longe e não causou dificuldades para Evandro defender com firmeza. Se o centroavante estava sumido, porém, nada que Foguinho - que esteve um tanto APAGADO (se ligaram?) no primeiro tempo - não resolvesse; o ruivo chegou a fazer fila e servir Borrachinha, que tentou enfeitar demais, e perdeu a bola para o goleiro quando buscava o drible.
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Foguinho sendo observado de perto pelo grandalhão Diegão (Foto: Matheus Pereira) |
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Borrachinha buscando causar perigo ao Turvo de Binho Moreno (5) e Nenê (11) (Foto: Matheus Pereira) |
Vontade não faltou à equipe amarela e marrom; dado momento, o Turvo passou a pressionar na partida, se concentrando na raça em detrimento à técnica, e conseguiu animar um bocado sua torcida. Cara a cara, o lateral Rodrigo teve boa chance, mas Passarela defendeu. Ao tentar se levantar para repôr a bola em jogo, por pouco o guarda-metas não põe ele mesmo a pelota dentro das redes, num lance de bizarria indescritível.
Feitas a maior parte das substituições, o jogo começava a separar os homens dos meninos. O volante Will, um dos melhores em campo (se não o melhor) arriscou um canudo de longe e quase balançou as redes pela terceira vez em favor do Metropolitano. Mas o destino prega peças, amigues. Certa feita, o meia Luan, um dos destaques da equipe visitante, cansou e foi substituído; quem entrou foi Bruno Frigo, que cumpre a mesma função tática do camisa dez.
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Dudu faz bonito levantamento na área (Foto: Matheus Pereira) |
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Dedé com a bola, sob olhares atentos de Filipe (Foto: Matheus Pereira) |
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Só o árbitro não viu esse pênalti de Diegão sobre Foguinho, no finzinho do jogo (Foto: Matheus Pereira) |
Eis que no seu primeiro lance em campo, tendo pisado dentro das quatro linhas há nem trinta segundos, Bruno Frigo lança Foguinho e corre para receber de volta, com o goleiro já batido. O meia nem pestanejou e pôs para dentro, mesmo com uma INFINIDADE de zagueiros no trajeto entre ele e a meta: 3 a 0, com o ILUMINADO Bruno. Estávamos perto dos trinta minutos, a partida estava definida e começava a escurecer no sulzão de Santa Catarina.
Todavia, um probleminha: o estádio não possui refletor! Depois dos 35, aproximadamente, a escuridão foi insana, um acontecimento inédito pra mim. Nem eu, nem os repórteres enxergávamos nada com clareza, quiçá a câmera. Os jogadores bem que tentaram, mas somente os mais corajosos torcedores ficaram até o final da peleja para ver se confirmar o resultado mais temido:
Turvo 0x3 Metropolitano. O time visitante pôs as duas mãos na taça, só falta puxar para si.
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Bacana demais as lotadas arquibancadas do Estádio Elizeu Manenti (Foto: Matheus Pereira) |
Agora, depois de três vices, o Metropolitano segue mais vivo do que nunca para levantar a taça da Copa Sul dos Campeões pela primeira vez em sua história, contra um Turvo que já COPOU em 2009, diante do Caravaggio, maior rival do Metrô. A vantagem construída é imensa, e já neste domingo se dará a decisão, no Estádio Darci Marini, e o
Desprovidos com certeza estará por lá. Nos vemos daqui quatro dias, então.
Grande abraço.
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