domingo, 26 de abril de 2015

Em partida com quatro expulsões, João Paulo II segura o empate e vai à semifinal da Interligas

E aí!

Nesta Grande Florianópolis vazia devido à final do Campeonato Catarinense, preferi o nosso sensacional amador às finais do estadual e rumei até a Ponte do Imaruim, em Palhoça. Por lá, no Estádio João Miguel, rolaria um confronto válido pelas quartas-de-final da Copa Interligas, jogo de volta. O time da casa, João Paulo II, recebeu o Campinas (que já esteve aqui) com a vantagem do empate, por ter vencido a ida no campo adversário.

SERC João Paulo II, que foi a campo com a seguinte formação: Daivison; Kowalski (Maicon), Geovane, Minhoca e Wagner; Ismael, Luiz Ricardo, Wilson (Wallace) e Jean Ventura; Pelezinho (Samuca) e Cris (Rafael). (Foto: Matheus Pereira)
SER Campinas, escalado com os atletas: Jeferson; Pita, Natan Sabino, Barra (Ítalo) e Maranhão; Ernesto (Dudu), Gregory, Nathan Rosa (André), Thiago Sorocaba e Bruno; Thiago Nascimento (Danyel). (Foto: Matheus Pereira)
O árbitro Evilásio Alfredo Brüggemann e seus auxiliares, Carlos André Inácio e Eder Miguel Sacco, além dos capitães (Foto: Matheus Pereira)
Sem tripé, pois o espertão aqui esqueceu a peça crucial do equipamento em casa, cheguei a tempo de apreciar o estádio, que fica quase colado à barra do rio Imaruim - que divide Palhoça e São José. A sede social do clube, acoplada à cancha, é muito simpática; lá, estavam todos com um olho na peleja e outro olho na televisão, onde estava sendo transmitida a partida entre Figueira e Joinville, pela final do estadual, que ocorria a poucos quilômetros dali.

Agora, falando da bola rolando: o JP tinha, além da vantagem de decidir em casa (conquistada após fazer campanha superior à do adversário), a regalia de poder jogar pelo empate, pois, no Campeche, território do Campinas, havia vencido por 2 a 1. Essa foi a última das quartas-de-final a ser jogada, pois no sábado os outros três jogos haviam rolado, selando a classificação de BAC, Estrela Azul e Grêmio Cachoeira. O Desprovidos, porém, preferiu uma visitinha à praia no sabadão.

Maranhão avança com a bola pelo Campinas (Foto: Matheus Pereira)
Após dividida, atletas caem em pose ACROBÁTICA (Foto: Matheus Pereira)
A bola começou a rolar com o apito do sr. Evilásio e os ânimos já se iniciaram exaltados entre as comissões técnicas. Enquanto os atletas não reverberavam isso em campo, o jogo foi bastante objetivo. Precisando da vitória, o Campinas bem que tentou tomar as rédeas do confronto no início, no entanto, o time da casa foi quem assustou primeiro. O goleirão Jeferson, que já jogou pelo profissional do Atlético de Ibirama, foi exigido em dois lances distintos ainda no princípio.

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Pelezinho, com um petardo, foi o primeiro. Mais tarde, Jean Ventura, de dentro da pequena área, deu uma bela cabeçada e exigiu defesa à queima-roupa do arqueiro do Campinas, num lance sensacional. Pouco depois, o trio de arbitragem cometeu a bizarria de marcar impedimento num LATERAL do clube de Florianópolis, o que levou os integrantes da comissão técnica e do banco de reservas à loucura.

Thiago Sorocaba com a bola, marcado de perto por Wagner (Foto: Matheus Pereira)
Um dos retratos da treta ocorrida na primeira etapa (Foto: Matheus Pereira)
A partir dos vinte minutos, quem passou a aproveitar as oportunidades e assustar foi o Campinas. Aos 23, o lateral Maranhão, muito SERELEPE em suas investidas, apareceu como elemento-surpresa e quase marcou, jogando por cima da marca do penal. Dois minutos mais tarde, foi a vez de Gregory bater muito bem e exigir grande defesa do goleiro Daivison. Quando a bola tava roubando a cena, porém, a partida descambou pra baixaria.

Aconteceu numa sequência de lances. Primeiro, a defesa do JP levantou o pé demais sobre Bruno, que ficou caído. O juizão não deu nada, e o time da casa não fez questão de paralisar o jogo, causando assim a revolta do time do Campinas. Aí a bola só parou na base da braçada fora do lance, e a confusão se instaurou. Num gigantesco empurra-empurra, praticamente TODOS os atletas se tretaram, e a famigerada turma do deixa-disso nem deu as caras. No final da quizumba, Minhoca, do João Paulo II, e Thiago Sorocaba, do Campinas, foram postos para a rua.

Jogada do primeiro tempo (Foto: Matheus Pereira)
Campinas teve leve superioridade na etapa inicial (Foto: Matheus Pereira)
A etapa inicial foi chegando ao final e lances dignos de nota foi de se contar nos dedos. Mas, certamente, o momento mais interessante da partida aconteceu quando Evilásio Brüggemann foi assinalar os acréscimos e o mesário acabou não vendo. Sendo assim, quem assinalou foi simplesmente o treinador do João Paulo II. Confesso que ri sozinho da cena inusitada. Sem alterar o marcador, tudo terminou em zero.

No intervalo, o time da casa, querendo segurar o empate e recompôr a defesa, pôs um zagueiro em campo na vaga do centroavante. Aí, o JP abdicou de jogar e viu o Campinas dominar todos os setores da partida. Logo aos 6, Thiago Nascimento bateu forte e obrigou Daivison a fazer boa defesa. Pouco mais tarde, novamente o centroavante do time de Floripa bateu bem, e dessa vez tirou tinta da trave e arrancou suspiros do banco de reservas.

Dividida no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)

A segunda confusão da partida, ocorrida na etapa final (Foto: Matheus Pereira)

Como se não bastasse apenas uma, rolou na partida uma segunda confusão na etapa final. Luiz Ricardo, do JP, e Bruno, do Campinas, trocaram sopapos, e logo os jogadores já se acumularam na discussão novamente. Sem pestanejar, Evilásio expulsou Bruno, um dos pivôs do bafafá, e Jean Ventura, meia-atacante do time da casa que também esteve envolvido e teve sua expulsão bastante contestada.

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Já com nove jogadores em cada esquadra, a partida se tornou repleta de espaços. Tendo o cronômetro como inimigo, o Campinas se concentrava basicamente no campo de ataque, com o arqueiro Jeferson praticamente MORANDO na intermediária de defesa, sem saber mais o que era retornar para baixo das metas. Tal pressão foi surtindo efeito; aos 28, o goleiro do João Paulo foi exigido em cobrança de falta. Em seguida, Luiz Ricardo quase marcou contra.

Natan Sabino e Pelezinho, respectivamente, observam o rolar da pelota (Foto: Matheus Pereira)
Interceptação feita por Pelezinho na metade da cancha (Foto: Matheus Pereira)
Mas o lance capital, que seria o último suspiro de um Campinas respirando por aparelhos, veio aos 37 minutos. Após cruzamento, Natan Sabino, completamente livre, cabeceou com classe na área, escolhendo o canto. Todo mundo fez golpe de vista - uns para entrar, outros para sair - e a bola tirou tinta da trave direita de Daivison, levando o zagueirão ao desespero dentro da pequena área. Mesmo na raça, o time visitante não conseguiu alterar o placar: João Paulo II 0x0 Campinas.

Bacana fachada do Estádio João Miguel (Foto: Matheus Pereira)
Sem zebras: os quatro clubes restantes foram os vencedores de quatro das cinco ligas participantes. Com o resultado, o João Paulo selou sua classificação para as semifinais da Interligas, onde enfrentará o Grêmio Cachoeira. Do outro lado da chave, BAC e Estrela Azul se enfrentam para decidir o outro finalista. Não devem restar dúvidas de que o Desprovidos estará lá para cobrir a reta final da competição, que dará vaga no estadual de amadores ao campeão. Paralelamente, diversas competições estão estreando na Grande Fpolis, e tentaremos cobrir uma delas já nesse fim-de-semana.

Peguei com facilidade o ônibus de retorno, pois a linha Estação Palhoça - Terminal Central de Florianópolis possui um veículo a cada 15 minutos (o blog agradece). O único pesar é a facada no preço da tarifa, algo que já está impregnado nos quatro cantos do país e que só pode ser mudado com muita luta. Por falar nela, me despeço como sempre: seguiremos!

Abraços!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Em pleno feriado, Estrela Azul tem atuação cirúrgica e vence Biguá fora de casa

Olá!

Em pleno feriadão de Tiradentes e em tarde da superestimada Champions League, resolvi cobrir mais uma folga forçada que ocorreu no fim-de-semana com uma cobertura do genial confronto entre Biguá, debutante aqui no blog, e Estrela Azul, que por cá aparece pela segunda vez. A peleja era válida pela CORRIDA Copa Interligas, que, vejam só, já está em suas quartas-de-finais. Igualmente estreante nos relatos do Desprovidos, o Estádio Osni Venceslau Machado foi quem sediou a partida.

ACRE Biguá FC, que foi a campo com Pedrão; Neto, Leandro, Bruno Sarará e Biel (Jonatan); Rafa (Popov), Luca Toni (Rangel), Cláudio Adão (Felipe), Adriano e Paulo Henrique; Babau. (Foto: Matheus Pereira)
Estrela Azul FC, escalado com Diego; Tiago (Neto), William, Luiz Henrique e Piava; Marquinhos, Fábio, Pará e Cheirinho; Neném (Anderson) e Alemão (Natan). (Foto: Matheus Pereira)
Árbitro Felipe de Souza e seus auxiliares, Alexandre Bittencourt e Marco Antônio Martins Lopes, além dos capitães (Foto: Matheus Pereira)
Segundo colocado do grupo C, o clube de Biguaçu nunca venceu a Interligas, ao contrário de seu maior rival, o BAC, que já levantou o caneco duas vezes. Para essa peleja, no entanto, o rubro-negro estava desfalcado de seu principal jogador, Felipinho, que foi disputar um torneio de FUTEBOL CINCO em DUBAI, e entre seus companheiros está o ídolo do Figueirense, Fernandes. Bastante aleatoriedade para um feriadão só.

A equipe de Santo Amaro da Imperatriz, hoje de visitante, também busca pela primeira vez vestir a faixa de campeão da competição. Aliás, os dois times sequer chegaram à final na curta história da Copa, que existe desde 2001. Na outra vez que o Estrela foi contemplado aqui no blog, uma sonora vitória sobre o Campinas por 3 a 0, naquele que foi o debute do Desprovidos em Floripa (leia o relato aqui).

Vale ressaltar que essa foi a primeira vez que cruzei a ponte para cobrir uma partida na Grande Florianópolis, e embora tenha enfrentado a empreitada dos ônibus, obtive êxito em chegar com decente antecedência no bairro da Praia João Rosa. Aproveito o espaço também para elogiar a iniciativa da organização da Copa em pôr uma rodada em pleno feriadão de terça-feira. Bem bacana.

Lance do primeiro tempo (Foto: Matheus Pereira)
Fábio, do Estrela Azul, e um adversário desconhecido, protagonizam um dos lances PEGADOS (Foto: Matheus Pereira)
Conforme foi soprado o apito, o que se viu foi uma RINHA de galos fortes no Osni Machado. Num jogo extremamente pegado, muitas reclamações de ambos os lados e jogadas em que os jogadores não exitavam em deixar a perna conseguiram provocar cabelos em pé ao careca Felipe de Souza. Na onda do BATUQUE de sua torcida, que estava repleta de instrumentos musicais da escola de samba Unidos do Rio Caveiras, o Biguá tentou ir ao ataque, e conseguiu achar um lance que gerou ainda mais reclamação.

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Perto dos 20 minutos - mais ou menos a hora em que o pegueiro deu lugar ao futebol, relativamente -, Biel chutou forte e cruzado, e a bola pegou na perna e no braço do lateral Tiago, do Estrela. A comissão técnica do Biguá pediu penal efusivamente, mas o juizão resolveu deixar o lance seguir. Depois de um ímpeto inicial dos visitantes, o clube rubro-negro melhorou, e em dois cruzamentos em sequência o Estrela Azul passou perto de marcar contra.

Luca Toni (caído), Biel (6) e Neném (Estrela) brigam pela posse da pelota (Foto: Matheus Pereira)
Confusão não faltou na primeira etapa (Foto: Matheus Pereira)
Aí o camisa 10 da equipe de Santo Amaro da Imperatriz, Cheirinho, resolveu aparecer para o jogo. Num lance primoroso, ele simplesmente ATRAVESSOU o campo driblando, mas acabou não conseguindo finalizar com precisão. Embalado pelo lance, o Estrela Azul cresceu e passou a oferecer perigo ao "goleiro anos 90" do Biguá, Pedrão. Com o primeiro tempo se encaminhando para o final, os bons lances acabaram se resguardando para o segundo tempo.

Com exceção de alguns casos esparsos de discussão, como na foto acima, nada de notável aconteceu na dezena final do primeiro tempo. No último lance, Tiago fez um bom cruzamento da direita para Cheirinho, que, na busca da melhor posição para o chute, acabou esquecendo de o fazer, dentro da pequena área. O árbitro Felipe de Souza encerrou a etapa inicial no alto dos 46 minutos com o placar zerado.

Alemão, marcado atentamente, domina a bola no gramado irregular (Foto: Matheus Pereira)
Paulo Henrique preparado para fazer cobrança de falta (Foto: Matheus Pereira)
Com a chegada do segundo tempo, o time da casa tratou de exercer pressão, ao menos nos minutos iniciais, buscando abrir a contagem da partida. Logo aos três minutos, a equipe conseguiu assustar num balaço de fora da área que balançou as redes pelo lado de fora. Na base dos pontapés do meio da rua, a equipe do Biguá ainda insistiu com o camisa 11, Adriano, usando do mesmo artifício mas isolando a pelota.

Nos contra-ataques, o Estrela Azul buscava a REDENÇÃO. Numa jogada em velocidade, o astuto Neném invadiu a área e foi derrubado; pediu a penalidade, mas Felipe de Souza nem pestanejou em mandar o jogo seguir. O cenário do primeiro tempo, então, se repetiu, com o domínio do time da casa tendo data de validade e o confronto se equilibrando quase que totalmente.

Dividida entre Luca Toni e Anderson no meio do campo (Foto: Matheus Pereira)
Atletas comemoram tento tardio de Anderson (Foto: Matheus Pereira)
Se de um lado, Adriano assustou o goleirão Diego, do Estrela Azul, com um chute bastante forte que exigiu grande defesa do arqueiro, de outro o clube de Santo Amaro tinha a inspirada dupla Cheirinho/Alemão. Com passe do camisa 10, o loiro apareceu frente a frente com o goleiro Pedrão, mas finalizou em cima do guardião das metas do Biguá. Já eram 30 minutos, e o gol estava ficando maduro, pra um dos lados pelo menos.

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Ele acabou vindo quando o cronômetro passava de 35. Cheirinho recebeu de Piava e tentou armar com Alemão, mas o zagueiro Bruno Sarará pegou no meio do caminho. Quando tudo parecia sob controle, ele conseguiu perder a posse da pelota dentro da área para o próprio atacante do Estrela, que rolou para o meio, onde estava Anderson. O jogador, que saiu do banco de reservas, resvalou na bola, que tocou no goleiro Pedrão e entrou numa vagarosidade incrível para abrir o placar em favor dos visitantes.

Biguá ainda perdeu Luca Toni, lesionado (Foto: Matheus Pereira)
Já no fim da partida, Paulo Henrique faz inversão, marcado de perto por Pará (Foto: Matheus Pereira)
O Biguá buscou ir pra cima, mas apenas na base da raça. Antes mesmo de chegar aos 40, o goleiro Pedrão quis ir para a área em cobrança de escanteio, mas o treinador não deixou. Mau pra equipe que ainda perdeu o volante Luca Toni, lesionado após fortíssima dividida com o volante Pará, do Estrela Azul. Nem com cinco minutos acrescidos pelo árbitro no fim do confronto a equipe de Biguaçu conseguiu chegar à igualdade no marcador: Biguá 0x1 Estrela Azul foi o resultado final.

A classuda placa que fica à frente do estádio; confesso que a admirei bastante (Foto: Matheus Pereira)
O Estrela foi só uma das três equipes que venceram fora de casa nesses quatro confrontos das quartas-de-final - a vantagem de decidir em casa já deixa, além da equipe de Santo Amaro, Grêmio Cachoeira (venceu Gaviões de Ouro, 2x1) e João Paulo II (venceu o Campinas, 2x1) com uma grande chance de classificação às semifinais da competição. O outro confronto das quartas foi entre Cerâmica Silveira e BAC, e o time palhocense, jogando em casa, venceu por 1 a 0.

Dado o final da TESTILHA, ganhei uma providencial carona com a genial viatura do Hora de Santa Catarina, oferecida pelo queridíssimo Michael. Fim-de-semana temos mais Interligas, com os confrontos de volta das quartas-de-final, e o Desprovidos buscará contemplar mais uma equipe nova nos relatos. Cada vez mais competições estão se iniciando, e tentaremos fazer algumas rodadas-duplas para aproveitar a ocasião. Ânimo não faltará.

Até logo.

sábado, 11 de abril de 2015

BAC faz valer o favoritismo, vence na Barra da Lagoa e segue invicto

Fala aí!

Dando prosseguimento ao nosso anuário de pelejas nesse solo BARRIGA-VERDE, de volta a Florianópolis prestigiei mais uma vez um confronto da nossa Copa Interligas. Dessa vez, fui até a bela Barra da Lagoa, onde se encontrariam os locais do Barrense diante do BAC, de Biguaçu, em desafio válido pelo Grupo B do torneio. Me dirigi até o Estádio José Severino Vieira sob uma presença estonteante do astro-rei, num dia daqueles de calor enlouquecedor.

Barrense FC, que jogou com: Thiago; Naércio, Gui, Andrey e Ademar (Filipe Botelho); Nino, Thiago Souza (Joel), Coruja e Caio (Flávio); Lipe e Diego (Fabrício). (Foto: Matheus Pereira)
Biguaçu AC, o BAC, em campo com: Deivid; Ruan Santos (Lucas), Ruan Kresch, Tiziu e Riva (Fael); Higor, Juninho (Paulo Victor), Tiago Valderrama (Diego) e Marcelo Fattori; Dão e Elivélton (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem composto por Gabriel dos Anjos Kretzer, Renê Gilberto Franzen Filho e Geraldo Rodrigues, além dos capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Juntamente à minha pessoa, a trinca formada por Lucas, Amanda e Pupella me acompanhou até a saga na barra. Na ida, o já conhecido caótico trânsito na Lagoa da Conceição esteve tragável, reservando as más experiências apenas para o trajeto de volta da peleja. O maior empecilho da tarde foi, realmente o calor, que nos torrava em níveis estratosféricos. Vale ressaltar que foi a primeira vez que vi um confronto em Floripa com sol.

A postos, aguardei o começo do confronto que, se vencido pelos visitantes, serviria apenas para confirmar o inevitável, que seria a classificação à segunda fase daquele que vem demonstrando ser o melhor time do grupo. Já ao Barrense, era a chance de se impor e, se não assustar o João Paulo II na briga pelo segundo lugar, se tornar uma das duas equipes que passam à segunda fase por índice técnico.

Sozinho entre três, Naércio se lança ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Sob olhares atentos de seu marcador, Caio carrega a bola (Foto: Matheus Pereira)
Com a bola rolando, o Barrense pareceu estar jogando a partida da vida - era o último jogo em casa da equipe na primeira fase -, embora o BAC demonstrasse a razão de estar ocupando disparadamente o primeiro lugar. Organizado, o time conseguiu neutralizar os mandantes no início do jogo, e aos poucos foi tornando-se superior, causando transtorno à defesa local logo nos primórdios, com um lance polêmico.

Após lançamento, Ademar ajeitou meio de coxa, meio de panturrilha para o goleiro, que sem pestanejar agarrou com as mãos. Gabriel Kretzer prontamente apitou, marcando recuo de bola e ocasionando muita reclamação por parte do time da casa. Mas ao consultar seu auxiliar, subitamente mudou de ideia e voltou atrás na marcação. Aí os protestos mudaram totalmente de lado, e a orelha do mediador do confronto já começou a ficar quente.

Muita reclamação com o árbitro da partida (Foto: Matheus Pereira)
Higor em investida do BAC no ataque (Foto: Matheus Pereira)
Melhor em campo, o clube de Biguaçu seguiu em cima: Elivélton acertou a trave em chute cruzado ainda na primeira quinzena da partida; o zagueirão Tiziu também assustou, em forte cabeçada após cruzamento para a área. Todavia, conforme a metade da primeira etapa foi se aproximando, o time da capital catarinense passou a equiparar as forças em campo e ser semelhantemente VORAZ. A chance "mais perdida" da metade inicial, porém, foi do clube verde e preto.

Depois de boa jogada pela esquerda, a bola foi jogada na área num cruzamento rasteiro, e o volantão Higor, totalmente livre, ao tentar acertar um carrinho, acabou jogando a pelota pela linha de fundo. Refletindo o que estava em jogo para o Barrense, eram constantes as discussões entre os atletas da equipe em campo. Uma delas, mais acalorada, envolveu o goleiro Thiago e o volante Thiago Souza. O capitão Gui precisou pedir calma para ambos.

Atacante Elivélton voa para evitar carrinho de Gui (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)
Talvez os ânimos exaltados tenham empolgado o time da casa, que resolveu crescer em campo quando a ampulheta já estava perto de virar totalmente. Numa das boas chegadas, o meia Coruja arriscou e obrigou bonita defesa de Deivid em dois tempos, arrancando suspiros da torcida presente no estádio - que, até então, estava mais ocupada em reagir às marcações de Gabriel dos Anjos Kretzer. O árbitro assinalou o fim da primeira etapa e o placar permanecia zerado.

Mais uma disputa pela bola entre atletas das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Com a advinda do segundo tempo, as polêmicas pareciam ter se multiplicado. E não tardou para chegar-se a tal conclusão; enquanto eu terminava de tomar meu refrigerante comprado no intervalo, numa falta bastante contestada pelo BAC, o Barrense tentou fazer jogada ensaiada, e não deu certo. Mas cerca de um minuto depois, após bola cruzada, o atacante Elivélton dominou mal e a bola pegou em cheio na mão aberta de Gui; pênalti assinalado pelo juiz.

Na bola, o maestro Marcelo Fattori não desperdiçou, abrindo a contagem no José Severino Vieira: 1 a 0. Não é preciso nem dizer que as reclamações por parte do Barrense foram veementes, devido a marcação do contestado pênalti. Na visão deste humilde repórter, ele foi incontestável, mesmo não existindo a intenção do zagueiro em cortar a bola. Mas, a partir daí, os protestos por parte do time da Barra da Lagoa foram aumentando gradativamente.

Jogadores comemoram o tento de Marcelo (Foto: Matheus Pereira)
Nino faz inversão de bola (Foto: Matheus Pereira)
Toda e qualquer dividida era a faísca necessária para a explosão acontecer. Gabriel dos Anjos Kretzer, de tanto ouvir, acabou tendo uma arbitragem pra lá de confusa, errando lances bobos e entrando em discussões com jogadores. Na base da GARRA, o Barrense buscava o gol, enquanto a equipe de Biguaçu, em busca da réplica, achava uns contra-ataques que deixavam o goleiro Thiago de cabelo em pé.

O futebol mesmo só voltou a acontecer no final da partida. Com o jogo bastante aberto, as duas equipes chegavam perto de balançar as redes. O atacante Diego, lá pelos 42, perdeu excelente chance em favor do BAC; a bola sobrou limpinha para ele na entrada da área, mas o chute rasteiro tirou tinta da trave direita de Thiago. As respostas, ao contrário do primeiro tempo, vinham na mesma moeda.

Imediatamente após dividida na lateral, Lucas pede a posse (Foto: Matheus Pereira)
Partida parada para atendimento ao capitão Higor (Foto: Matheus Pereira)
Depois de uma bonita jogada, a chance de ouro do Barrense na partida esteve nos pés do incansável lateral Naércio, que se infiltrou na área e pegou de primeira, com a bola igualmente passando rente ao poste. Já nos acréscimos, o time da casa ainda teve a baixa do volante Nino, que deu carrinho no meio do campo, viu o segundo amarelo e foi expulso. Sem reclamar, saiu e viu do vestiário o apito final do jogo, decretando o placar de Barrense 0x1 BAC.

A grande bola de fogo nos torrava sem piedade (Foto: Matheus Pereira)
Garantido nas quartas-de-final, o BAC, que deitou e rolou nessa primeira fase do Grupo B, ainda cumprirá tabela diante do também garantido João Paulo II, de Palhoça. Quanto ao Barrense, resta vencer a última rodada, contra o Varginha, e ativar o secador contra Unidos, Gaviões de Ouro e - principalmente - Cerâmica Silveira. Desses quatro times, dois classificar-se-ão por conta do índice técnico.

Pegamos um trânsito infernal na volta para casa; a Lagoa no verão é algo amedrontador. Mais atrasado que imaginava, cheguei ao meu lar já pronto para o próximo compromisso do Desprovidos. Maravilhoso é poder fazer tudo isso por prazer. Vejo vocês na próxima.

Abração.

domingo, 5 de abril de 2015

Pedro Paulo brilha e Caravaggio avança sobre Rui nas penalidades máximas

Daí!

Na base do "de volta à minha terra", pela primeira - de muitas, provavelmente - vez no ano voltei a Criciúma e não podia deixar de prestigiar nossa querida Copa Sul dos Campeões, que estava na partida de volta das oitavas-de-final. E o confronto reunia nada mais, nada menos que os dois últimos campeões estaduais não-profissionais: Rui Barbosa, de Morro da Fumaça, e Caravaggio, de Nova Veneza, ambos já muitas vezes prestigiados aqui no blog. A peleja se daria no homônimo Estádio Rui Barbosa.

SER Rui Barbosa, que jogou com: Júlio César; Andinho (Jô), Cleiton (Renato), Shayder e Fá; Helton Serrano, Ewerton, Renan, Gutierri (Macaco) e Maicon Ermo; João Simon (Anderson Butiá). (Foto: Matheus Pereira)
Caravaggio FC, em campo com: Pedro Paulo; Gilliard (Chumbo), Maicon, Tijolo e Lennon; Renato, Marcinho, Tiago Renz (Hudson) e Andrei; Gregory (Rodrigo Zeferino) e Maurício (Rudinei). (Foto: Matheus Pereira)
O árbitro Edésio Weber e seus auxiliares, Jaison Venâncio e Renato Kniess, além dos capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Na partida de ida da peleja, o mudado Caravaggio, jogando em casa, acabou ficando no 1 a 1 diante do clube fumacense, que manteve parte do time campeão estadual em 2014. O sorteio foi ingrato a ambas as equipes, postulantes ao título, que ficaram frente a frente já nas oitavas-de-final (ou 1ª fase) do torneio. Vale lembrar que o clube de Nova Veneza, campeão em 2013, caiu na primeira fase no ano passado.

Sob um calor azucrinante, fui até a capital das OLARIAS para marcar meu reencontro com a Copa Sul. Essa, aliás, foi a primeira competição a aparecer por aqui no Desprovidos de Fama em dois anos consecutivos; um dos "carros-chefe" da temporada semi-profissional catarinense, é sempre um torneio que reúne grandes equipes e possui um ótimo prestígio.

Atletas preparados para o pontapé inicial (Foto: Matheus Pereira)
João Simon tentando se desvencilhar do carrinho de Tijolo (Foto: Matheus Pereira)
Com o apito inicial do sr. Edésio Weber, as equipes trataram de buscar balançar as redes desde o começo, deixando a partida longe de uma monotonia. Sem gols fora de casa no regulamento, o jogo se iniciou totalmente igual, com chances para os dois lados e muita vontade dos atletas. Talvez embalado por estar, em tese, jogando em casa (havia equivalência em número de torcedores), o Rui se sobressaiu nos minutos iniciais.

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Duas cabeçadas arrancaram suspiros dos adeptos locais: uma foi do zagueirão Maicon, do Caravaggio, que quase fez contra o próprio patrimônio quando foi atrasar para Pedro Paulo. Outra, na sequência do lance - que resultou em escanteio -, foi com o volante Renan, que testou no chão e novamente o goleiro, grande personagem da partida, defendeu. Após o ímpeto inicial, o Rui viu o adversário crescer um pouco em campo e praticamente equiparar o volume de jogo.

Confusão entre Andinho, do Rui Barbosa, e Renato, do Caravaggio (Foto: Matheus Pereira)
Atacante Maurício tenta fazer jogada sobre Cleiton (Foto: Matheus Pereira)
A única BALBÚRDIA da etapa inicial aconteceu quando Lennon acertou um tapa na cabeça coberta por cabeleira de Renan após dividida. Devidamente amarelado, o atleta do Caravaggio saiu da meiuca da confusão, que foi protagonizada pela discussão de Andinho e Renato. O árbitro resolveu levar apenas na conversa e apaziguar os ânimos por lá. Passada a rixa, a bola voltou a rolar redonda em Morro da Fumaça.

E aconteceu o melhor lance da etapa inicial, quiçá o mais bonito da partida. Fá pegou sobra e bateu colocado, cheio de estilo. Seria uma pintura por si só, caso o goleirão Pedro Paulo não fizesse uma defesa igualmente digna de tela, salvando o Carava e proporcionando um lance de excelentíssimo futebol. Do outro lado, o arredio Andrei também ofereceu perigo; numa jogada de esperteza, roubou de Helton e fez fila até finalizar para o alto.

Goleiro Júlio César cobra tiro de meta (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio-campo que reúne Renan e Andrei (Foto: Matheus Pereira)
 De acordo com o fim da primeira etapa se aproximando, os times reduziram novamente o volume futebolístico apresentado. Um respiro de qualidade ocorreu quando Gilliard fez bela jogada individual pela direita e cruzou, mas a bola morreu nas luvas de Júlio César. Sem acréscimo, Edésio finalizou o tempo inicial aos 45, rasos. Zero a zero no placar, estreante do Estádio Rui Barbosa.

Para repor a hidratação nesse calor, dá-lhe água! (Foto: Matheus Pereira)
Sem alterações no intervalo, os times seguiram equilibrados na etapa final. Logo no primeiro minuto, Fá passou perto de abrir o placar em mais um fuzilamento com sua canhota, tirando tinta da trave esquerda do clube visitante. Respondendo pouco mais tarde, o Caravaggio conseguiu chegar após cruzamento da esquerda, que Gregory dominou, girou sobre o zagueiro e acabou sendo desarmado na hora da finalização.

Depois do início quase fulgurante, o jogo acabou permanecendo longos minutos carente de lances perigosos, em momentos que foram praticamente reservados para substituições. Após a parada técnica, perto dos 20, foi que as equipes voltaram - ainda que com pouco ímpeto - a assustar os respectivos goleiros. Quem também teve trabalho foi o auxiliar Renato Kniess, que pegou várias irregularidades em sequência nas ofensivas do Carava; uma delas, a de Rodrigo Zeferino aos 28, impediu o jogador de ficar cara a cara.

Árbitro aplica cartão ao atacante Maurício por reclamação (Foto: Matheus Pereira)
Tiago Renz e Fá proporcionam uma bela cena na disputa pela bola (Foto: Matheus Pereira)
Numa crescente, o escrete alviazul passou perto de marcar algumas vezes na segunda parte da etapa final. O atacante Rudinei, que entrou no decorrer do segundo tempo, quase conseguiu aproveitar falha da defesa local, mas não teve sucesso em sua finalização. Pegado e bastante morno, o jogo passou a pouco parecer com uma peleja que definiria vaga na próxima fase e que estava totalmente em aberto.

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O momento da segunda etapa que mais perto chegou de balançar as redes foi um erro. Shayder tentou cortar na defesa com um chute forte, mas ela foi totalmente torta, tomando o rumo de trás e quase encobrindo Júlio César; a pelota acabou saindo em escanteio, arrancando suspiros dos torcedores visitantes. Mas isso já estava perto dos 40 minutos.

Num dos últimos suspiros, Rudinei puxa Carava ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Na base da raça, o Caravaggio chegou a assustar ainda; aos 46 minutos, naquele que seria o literal último lance da partida, a equipe conseguiu um escanteio. Após a defesa afastar, Chumbo pegou sobra e finalizou, de longe, mas a pelota tomou o rumo da linha de fundo. Edésio Weber aguardou o tiro de meta ser cobrado e não pestanejou a apitar o fim do confronto: Rui Barbosa 0x0 Caravaggio. Teríamos penalidades.

O estreante placar do estádio (Foto: Matheus Pereira)
Equipes alinhadas para a cobrança do penal, sofrendo com o sol (Foto: Matheus Pereira)
Escolhida a meta (que não atrapalhasse o goleiro, por conta do sol), era a hora das penalidades serem cobradas. Aí, brilhou a estrela daquele que já se destacava: Pedro Paulo. O primeiro a cobrar foi Hudson, do Caravaggio, que converteu. Macaco, do Rui Barbosa, parou nas luvas de Pedro Paulo. Depois, Renato, dos visitantes, também balançou as redes na cobrança. O zagueirão Shayder, da mesma forma, desperdiçou sua penalidade; Pedro Paulo defendeu e deixou o placar em 2 a 0.

Andrei, camisa 10 do Carava, marcou em sua cobrança e deixou o time a um passo da classificação. Tudo dependia de Anderson Butiá; caso desperdiçasse, o Rui estaria fora. Mas ele marcou e diminuiu a contagem. Na quarta penalidade, Marcinho desaproveitou a chance de definir a partida - Júlio César defendeu e o Rui estava ainda respirando por aparelhos. No entanto, Pedro Paulo tornou a brilhar, pegou a terceira e deixou o Caravaggio classificado. Na disputa de pênaltis, Caravaggio 3x1 Rui Barbosa.

Andrei convertendo sua cobrança (Foto: Matheus Pereira)

Muita comemoração da comissão técnica e da torcida do clube de Nova Veneza, que se classificou às quartas-de-final e agora aguarda seu adversário. Já o atual campeão Rui Barbosa dá adeus à competição logo na primeira fase, assim como fez o seu antagonista da tarde. Copa Sul dos Campeões seguirá, e o Desprovidos também; nas próximas semanas, muitas competições da Grande Florianópolis serão aqui prestigiadas. E logo voltaremos ao sul!

Até mais ver.