domingo, 29 de junho de 2014

Desprovidos presente em mais uma goleada pelo Municipal de Criciúma

Hola.

No mesmo dia que o México foi cruelmente eliminado pela Holanda, infelizmente, me fiz presente em uma partida isolada pelo Campeonato Municipal de Criciúma. Em jogo válido pelo Grupo A, o Próspera - que já esteve prestigiado aqui no blog - enfrentou o Comunidade, que ainda não havia vencido uma peleja sequer na competição. O confronto foi num palco que já sediou grandes jogos do futebol catarinense, o Estádio Engenheiro Mário Balsini.

Foto do alambrado, enquanto ainda rolava a preliminar entre as categorias de base; o jogo foi vencido pelo Próspera por 4 a 1 (Foto: Matheus Pereira)
Segundo colocado do Grupo A com 4 pontos em 3 partidas, o Próspera precisava vencer pra terminar na frente na disputa pelo segundo lugar (para valer a vantagem do empate na segunda fase) e até colocar uma pulga atrás da orelha do líder e 100% Mãe Luzia, que ainda tem duas partidas a disputar, enquanto o Time da Raça se despedia da primeira fase. O Comunidade, em 2 confrontos, havia somado apenas 1 ponto e buscava sua primeira vitória.

As chuvas não deram descanso ao estado de Santa Catarina e, logicamente, a Criciúma durante a semana, ocasionando o adiamento das outras partidas que seriam neste domingo, restando apenas essa peleja. Mas a primeira fase tá se encerrando e as definições estão próximas de acontecer.

A camiseta do Comunidade parecia mais uma bandeira gaúcha (Foto: Matheus Pereira)
Jogada do Próspera no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)
Mas o jogo se mostrou um bocado BUROCRÁTICO. Com uns 50 torcedores nas arquibancadas do Balsini mais uns 10 guerreiros no alambrado, inclusive um com uma aleatória camisa do Paysandu, o Próspera mostrou ser um time que queria mais a vitória, mas pecava no acerto dos passes e cedia muitas vezes a posse de bola pro Comunidade. Que, por sua vez, errava no FAMOSO último passe e não encaixava uma jogada de ataque decente.

Lateral do Comunidade preparando o lançamento (Foto: Matheus Pereira)
Inclusive, lá pelas tantas, o camisa 7 do Comunidade se chocou com Biá, camisa 10 do Próspera, numa dividida, e acabou se lesionando. Tanto é que ele teve de ser substituído. Tudo normal, exceto por um detalhe: NÃO HAVIA MACA no estádio. O jogador foi retirado de campo carregado nos ombros do massagista e de um colega de equipe. Que fase.

Mas, com a bola rolando, a falha de concretização dos ataques das equipes e a pouca criatividade na troca de passes fez com que o primeiro tempo passasse voando. Os goleiros tiveram que trabalhar pouco, visto que praticamente todas as bolas iam para fora. Foi tão sem sal que até o sol foi embora e o placar ficou no zero a zero.

Camisa 10 faz pose para completar o passe (Foto: Matheus Pereira)

Tudo embolado na área para cobrança de escanteio (Foto: Matheus Pereira)
E aí no segundo tempo o SISTEMA FOI BRUTO pro Comunidade. Em busca da primeira vitória, eles sofreram um rude golpe logo no início, quando João recebeu bom passe de Biá e fuzilou para dentro da caixinha: 1 a 0. Mesmo com a vantagem no placar, o Próspera seguiu seu MÓRBIDO estilo de futebol e continuou a errar muito passe. Porém, o adversário não era muito diferente disso: quando chegou, com Rafinha, cara a cara com o goleiro, o jogador jogou atrás da casinha vermelha que se vê na foto acima.

Biá comemora seu gol com os parças (Foto: Matheus Pereira)
Quando o jogo voltava a ser equilibrado, o meia Biá acertou um chute de fora da área que contou com desvio para enganar o goleiro: 2 a 0. Aí você pensa nesse momento: "nossa, foi agora que a coisa desandou e o Próspera meteu mais uns quatro" não, não foi. O time voltou a ficar tranquilo no jogo e a tocar de lado para fazer o tempo passar. Mas enfrentava um adversário desanimado, que pouco perigo oferecia.

Mas Biá é realmente diferenciado e vem sendo destaque do Municipal. Lá pelos 35 minutos, quando todos ali presentes já estavam pensando em Costa Rica x Grécia, ele acertou um CALHAÇO do meio da rua, encobrindo o goleiro e fazendo um Golaço com G maiúsculo, 3 a 0. Quando chegou à frente no segundo tempo, o Próspera balançou as redes, mesmo que não tenha dominado a partida por completo.

Dividida no meio do campo (Foto: Matheus Pereira)
Biá comemorando o terceiro gol do Próspera (Foto: Matheus Pereira)
Ainda restou tempo para Neno e João balançarem as redes mais duas vezes (este último, após bonita jogada pela esquerda), fechando o placar nos - literalmente - minutos finais. Um injusto Próspera 5x0 Comunidade, que deixou a equipe tricolor dependendo de um milagre e o Time da Raça com chances reais de classificação para a segunda fase. Para avançar diretamente às quartas, precisa de improváveis tropeços do favorito Mãe Luzia.

O arisco lateral direito do Comunidade escapando da marcação pelo LADO DE FORA do gramado (Foto: Matheus Pereira)
O panorama no Grupo A é este: o Próspera se despede da primeira fase com 7 pontos e saldo de gols +5. O Comercial tem apenas mais uma partida - contra o Mãe Luzia -, 4 pontos e saldo de -1. Já o Colorado, ainda tem duas partidas a serem jogadas - Mãe Luzia e Comunidade -, 1 ponto e saldo -1. Mãe Luzia segue com 6 pontos em dois jogos, e o Comunidade, com 1 ponto faltando uma partida. O primeiro colocado passa diretamente às quartas-de-final, enquanto segundos e terceiros colocados dos grupos fazem uma eliminatória na segunda fase, com TODAS as vantagens possíveis para aqueles que terminarem em 2º.

Semana que vem, a cobertura do Municipal voltará, mais uma vez, aqui no Desprovidos. Ainda teremos mais Grupo A e também Grupo D (o único que ainda não teve cobertura) até o fim da primeira fase. Nos vemos logo!

Abraços.

domingo, 22 de junho de 2014

Em jogo com confusão generalizada e acusação de racismo, São Luiz goleia

Opa.

Tava planejado para que eu marcasse presença em duas partidas esse fim-de-semana. Mas um erro de LOGÍSTICA me impediu de conferir a peleja sabatina, e por isso neste domingo (22), fui até o Campo da Associação Atlética São Luiz, onde o próprio São Luiz recebia o São Sebastião em rodada válida pelo Grupo B do Campeonato Municipal de Criciúma. Foi a primeira partida da competição COM SOL das que vi até agora, vale ressaltar (ainda assim, o frio se fez presente).

Na primeira rodada, o santo que jogava em casa havia empatado com o Metropol por 2 a 2, enquanto os santos visitantes haviam vencido o Vila Zuleima pelo placar de 2 a 1. O São Luiz, inclusive, é um dos maiores vencedores do Municipal, tendo levantado a taça três vezes (todas no começo da competição) - e é dono de uma bela camiseta. Já o São Sebastião, que se beneficiou da mudança de regulamento para subir da segunda à primeira divisão, nunca COPOU o torneio.

Detalhe da bela camiseta da A.A. São Luiz (Foto: Matheus Pereira)
Pontapé inicial da partida, dado pelos atacantes Didi e JOW BOB (Foto: Matheus Pereira)
E o jogo já começou com os nervos a flor da pele. Com menos de cinco minutos, os dirigentes do time ALARANJADO já reclamavam e muito do árbitro sendo acusado de principalmente favorecer o clube que jogava em casa. Só não chamavam o sr. Eliseu, dono do apito, de querido. O treinador era o mais enervado. Enquanto isso, as equipes travavam um duelo equilibrado na relva. Até que, mais exacerbado nas reclamações, o camisa 20 do São Sebastião, Juninho, que era reserva, foi advertido com o cartão amarelo.

Até aí tudo bem, se o árbitro não se referisse ao atleta com um "apelido", digamos, de cunho racista - e lamentável. O banco do São Sebastião não deixou por menos, inclusive com o treinador invadindo o gramado ameaçando de chamar a polícia. Bom, ele não chamou. Foi contido e expulso de campo e o jogo prosseguiu, com ainda mais reclamações.

Jogadores reclamam com o árbitro após primeira confusão do jogo (Foto: Matheus Pereira)
Com a bola rolando, o São Sebastião tentava puxar ataque (Foto: Matheus Pereira)
Até que, aos 26 minutos, o atacante Mateus - que originalmente é meia, virou centroavante após Jow Bob sair lesionado - aproveitou uma bola recebida e mandou para o fundo das redes, fazendo 1 a 0 São Luiz. E acabou não tardando para a equipe ampliar: aos 33, o próprio Mateus fez um belo trabalho de pivô e serviu Didi, que só deslocou do goleiro e correu pro abraço, marcando 2 a 0.

Jogadores comemoram o gol de Didi, o segundo da partida (Foto: Matheus Pereira)
S. Sebastião em jogada de velocidade no fim da primeira etapa (Foto: Matheus Pereira)
Depois a equipe ainda perdeu a chance de fazer o terceiro com o lateral Juliano, que desperdiçou boa oportunidade. O São Sebastião acordou apenas no fim da primeira etapa, quando passou a acertar mais passes e a conseguir chegar perto do gol adversário, mas pecando - e muito - nas finalizações. O primeiro tempo terminou nessa passada mesmo.

Começou a etapa final e aquele clima de tensão ficou o tempo todo no ar. Eu mesmo já estava prevendo que algo aconteceria. Mas, para surpresa geral da nação, o início do segundo tempo foi até limpo. O São Sebastião tomou as rédeas da partida e conseguia criar boas chances, mas, na hora de chutar novamente errava; ou era presa do PAREDÃO Marcel na zaga.

Didi com a bola num contra-ataque do clube alvirrubro (Foto: Matheus Pereira)
Cartão amarelo para alguém no meio do bolo (Foto: Matheus Pereira)
Mas, quando São Sebastião era completamente superior no jogo, o São Luiz conseguiu sair para o jogo e, num chute despretensioso de longe, o goleiro da equipe visitante se viu obrigado a salvar. Na sequência, escanteio, saída atabalhoada do mesmo arqueiro e o centroavante Mateus estava lá para concluir: 3 a 0. É, amigos, a bola pune, já diriam os SAUDOSISTAS.

Jogadores comemorando o terceiro gol (Foto: Matheus Pereira)
Aí, o time de laranja perdeu totalmente a cabeça. Começou a cometer erros primários de posicionamento e a deixar o pé nas divididas. Foi curto o prazo para que Mateus acertasse uma bela jogada individual e fuzilasse para o fundo das redes, fazendo seu hat-trick e o 4 a 0 a favor dos mandantes. Com a partida já acabada, o CLIMA e o FUROR de briga voltou a PAIRAR sobre os gramados do bairro São Luiz.

O lance que deu origem a tudo que veio a seguir (Foto: Matheus Pereira)
Cenas da confusão (Foto: Matheus Pereira)
Aí, certa feita eram 35 minutos, e numa dividida na lateral entre Gutti (SS) e Luan (SL), ambos deixaram cotovelos. O camisa 9 do São Sebastião tomou as dores do amigo e partiu para cima do lateral alvirrubro. Aí o pau fechou, ninguém viu mais nada até que os jogadores do time laranja acusaram um membro da comissão técnica do São Luiz de estar armado. Nada foi provado, o cidadão saiu de fininho e, em meio ao caos, o árbitro finalizou o jogo em São Luiz 4x0 São Sebastião, ainda faltando uns minutos a serem jogados.

Até a polícia(!) apareceu na Associação, mas, após dar uma averiguada, foi embora. Eu, particularmente, não vi nada - assim como alguns jogadores de ambos os times que conversei -, mas tem alguns que juram de pé junto que viram. Fico em cima do muro nessa e vida que segue. Semana que vem, o Desprovidos fará mais uma cobertura desse RAIVOSO Municipal.

Até lá.

domingo, 15 de junho de 2014

Carbonífera Criciúma faz valer o favoritismo e enfia seis no São Marcos

Saudades?

Depois de um adiamento de uma semana do segundo fim-de-semana de partidas pelo Campeonato Municipal de Criciúma, enfim ele aconteceu. Não teve chuva, frio ou Copa do Mundo que me impedisse de me dirigir neste domingo DE MANHÃ até o Estádio João Estevão de Souza, onde rolaria uma peleja válida pela primeira rodada do Grupo C. O maior campeão da competição, Carbonífera Criciúma, recebia o provável saco de pancadas do grupo São Marcos.

Panorâmica da partida na manhã deste domingo; pouca lama? (Foto: Matheus Pereira)
O Carbonífera, que levantou a taça do municipal 3 vezes - juntamente com São Luiz e Inter de São Defende - tem como time-base praticamente os que levantaram a taça da Copa Sul com a camisa do Rui Barbosa. Borrachinha, Fá, Gutierri, dentre outros, inclusive o agora treinador Jair Bala, vestiam o manto alvinegro. Ah, e fora o goleiro ex-Criciúma, Vasco e G-Magazine: Fabiano Borges. Já pelo lado alviazul do São Marcos, caras desconhecidas deste que vos fala, mas com apelidos geniais como PAM, PASTEL, dentre outros.

A chuva deu uma parada na hora do confronto, e todos nós agradecemos. Porém, o lamaçal que estava o gramado do estádio era uma coisa SEM PRECEDENTES, meus amigos. Isso era um bom pretexto para ter apenas 5 torcedores nas arquibancadas e mais uns 10 no alambrado. E quase nenhum torcendo para O TIME DA MINA.

O genial centroavante Pastel tenta avançar pelo São Marcos (Foto: Matheus Pereira)
Equipe da Carbonífera puxando ataque (Foto: Matheus Pereira)
Todo mundo esperava um vareio futebolístico da Carbonífera, mas não foi o que se viu no início. Puxado pelos dois gordinhos do ataque - Binho e Pastel - o São Marcos bem que tentava. Mas os mineiros (ns), com mais bola, eram melhores, e pecavam pelo desperdício de oportunidades. Até que os dois centroavantes resolveram FECHAR O PAU entre si. Dael e Borrachinha começaram uma discussão fervorosa, um reclamando do outro. O primeiro chegou a pedir para ser substituído - não sendo atendido pelo treinador.

Dividida bizarra na lateral de campo entre Fá (CC) e Maria (SM) (Foto: Matheus Pereira)
Aí, mais ESTÁVEL emocionalmente, o São Marcos resolveu colocar as garrinhas pra fora e por um certo momento até pensou ser possível vencer a partida. Mas, amigos, aprendam que a vida realmente é um moinho que esmaga nossos sonhos. Num lance de rara sorte, o artilheiro BORRACHINHA completou cruzamento da direita aos 40, fazendo 1 a 0 para o Carbonífera Criciúma. E tudo voltou ao seu estigma natural, com o sr. João Jorge de Melo, árbitro da partida, decretando o fim da etapa inicial pouco mais tarde.

Atacante Dael carregando bola com tranquilidade (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo começou e esqueceram de avisar o quarto árbitro, que desfrutava de um cigarro fora do estádio. Quando ele retornou ao campo de jogo, o placar já apontava 3 a 0(!). Com gols aos 4 e 5, Lucas e Fá aumentaram a vantagem do Alvinegro. Aí foi-se o boi com as corda e tudo pros lados do São Marcos. A equipe desandou a errar passe, a desistir de arrancadas, a perder divididas... foi presa mais que fácil pro Carbonífera.

A equipe alviazul chegou a colocar um jogador de 16, 17 anos em campo, que, convenhamos, não era páreo pra combater as investidas do adversário. Em ritmo de treino, o quatro a zero veio na casa dos vinte minutos, mais uma vez com o encardido Borrachinha.

Dael só foi substituído no segundo tempo, afinal (Foto: Matheus Pereira)
Os sorridentes jogadores comemoram mais um gol carbonífero (Foto: Matheus Pereira)
Quando as coisas já haviam desandado de vez, o treinador do São Marcos, Vilmar Machado, já havia largado as pontas e conversava alegremente com seus jogadores reservas, e o mesário papeava com o maqueiro no lado de fora do estádio (o amador é sensacional), o Carbonífera chegou ao seu quinto gol, mais uma vez com ELE: Borrachinha, que nem sabia mais como comemorar seus tentos.

E nem os torcedores do São Marcos presentes no alambrado conseguiram evitar que Gutierri fechasse o caixão da equipe já na casa dos 45, com um leve toque na saída do goleiro. Ninguém queria mais jogar, então o senhor árbitro fez-nos o favor de dar como TERMINADA a peleja. Carbonífera Criciúma 6x0 São Marcos.
Binho, com a bola, sendo marcado por Cebinho num gramado impecável (Foto: Matheus Pereira)
Como é meio óbvio, a Carbonífera saiu tão na frente, mas tão na frente no grupo que precisa de uma LUNETA para enxergar os adversários Renascer, Tocantins/Argentina e o próprio São Marcos. Começou com o pé direito a caminhada para o tetra-campeonato, enquanto o time com meu filho vai ter nome de santo começou sua anual trajetória rumo ao último lugar no seu grupo. É amigos, NEM SÃO MARCOS SALVA.

Voltei para casa com meus pisantes extremamente enlameados e já pronto para outra: em plena Copa do Mundo, fim-de-semana que vem teremos rodada dupla aqui no Desprovidos. Aguardo o retorno de vocês.

Abraços.